Kludde a fera da escuridão
Robson Pinheiro Cruz
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 10/07/25 19:59
Avaliação: Não avaliado
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Notas de Cabeçalho

Título:Kludde a fera da escuridão

Autor:Robson Pinheiro Cruz

Data:06/062025

Capítulo Único Kludde a fera da escuridão

Marcos desceu com a língua melada, até o furico rosado do parceiro, com seu membro parecendo borracha endurecida, e babando.

"Passa a língua no meu rego, chupa as bolas e a cabeça, Jonas, meu caro." Sussurrava Marcos, enlouquecido de tesão pelo garoto de olhos azuis e cabelos louros como raios de sol. Jonas, já em ponto de bala, segurou o membro rubro do rapaz de corpo escultural, negro de olhos verdes, que estava enlouquecido, estranhamente hipnotizado pelo parceiro holandês. Jonas, em e êxtase, levava o rapaz negro ao mais profundo prazer.

"Eu quero te foder, boy, abra esse rabo pra mim."

O olhar de Jonas já não era mais azul, tomando uma tonalidade violeta. Salivava excessivamente, sentou em cima do garanhão e começou a cavalgar.

"Nossa, que delícia, que cu apertado, cavalga, meu puto," sussurrava Marcos.

Numa fração de segundo, Jonas, sobre Marcos, de olhos fechados em êxtase, sentiu um arrepio antes de seu corpo mudar. Pelos escuros cobriram sua pele, suas mãos viraram garras e seu rosto se alongou em um focinho feroz. O grito virou rosnado e, ao final, um uivo cortou a floresta.

"Que porra é essa!" Marcos saiu nu, pedindo socorro, mas ninguém o ouvia no chalé da pousada, bem próximo à floresta holandesa.

Jonas nunca foi apenas um humano—ele era um Kludde, a fera metamorfa, um cão demônio da escuridão. Seus olhos amarelos, agora meros reflexos de um instinto cruel, brilharam antes do ataque.

Com um único movimento brutal, ele saltou sobre Marcos, suas garras dilacerando carne e ossos, um banho de sangue. O grito do parceiro se perdeu na noite, afogado pelo rosnado selvagem da criatura que, finalmente, revelava sua verdadeira natureza.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Kludde: Criatura lendária do folclore flamengo, descrita como um demônio metamorfo que pode assumir forma de cão ou lobo, geralmente associado à escuridão e ao perigo noturno.

Metáfora do desejo: A transformação física de Jonas simboliza o desejo incontrolável — o instinto animal que habita as profundezas do afeto humano.

Relação queer: O conto reforça a representação de um relacionamento homoafetivo num contexto sombrio, sem estereótipos — o queer como parte orgânica e poderosa da narrativa.

Ambiente do chalé: A floresta serve como espelho da tensão emocional — isolada, instintiva, e viva, refletindo o confronto entre amor e ferocidade.

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