Conto de uma noite de insônia (Em Andamento)
Monise
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 12/07/25 06:02
Editado: 13/07/25 11:48
Qtd. de Capítulos: 8
Cap. Postado: 12/07/25 06:02
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 5min a 6min
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Palavras: 818
[Texto Divulgado] "Conversando Com a Mãe" O autor narra trechos de uma conversa que teve com sua mãe, e admiração que tem por ela.
Não recomendado para menores de dezesseis anos
Conto de uma noite de insônia
Notas de Cabeçalho

A ideia deste romance nasceu ontem em uma noite de insônia. Mais de três horas de escrita ininterrupta e vieram os primeiros capítulos... Hoje veio mais um e vamos caminhando... Espero que gostem!

Capítulo 1 Punida por nada

Mais uma noite de insônia... Elas estavam se tornando muito comuns... Aquela enorme casa vazia, mas marcada por todo tipo de lembranças ruins, pouquíssimas lembranças valiam a pena ser guardadas...

Já fazia mais de um mês que o marido havia falecido e seu cérebro continuava num turbilhão...

Sempre fora a sombra dele, trancada naquela casa sem nunca ter a permissão de sair só.

Casara muito menina, contava seus 15 anos, o esposo com 37 anos era ciumento e controlador, mesmo para ir à missa não tinha sossego, ia com a dama de companhia à tira-colo vigiando-lhe cada passo...

Veio logo o primeiro filho, sua alegria e que lhe proporcionava a possibilidade de sair todos os dias. Ela e seu pequeno iam à praça, ela o observava correr e fazer graça, empinar pipa, correr empurrando uma argola, isso totalmente a entretinha.

Como ficava totalmente focada em seu pequeno anjo, pouco reparava no entorno, mas isso não significava que não reparassem nela...

Mesmo nesses passeios ia junto uma criada que ficava ao seu dispor caso precisassem de algo.

Naquela fatídica tarde, seu tesouro contava 7 aninhos, estavam jogando bola juntos, a criada ao lado tudo observava, quando de repente numa bola mais alta o pequeno caiu de mau jeito e chorava de dor...

_Rápido, chame um carro de aluguel! Não há tempo a perder. - ela gritou e a criada saiu num átimo.

Foi aí que ocorreu sua desgraça...

Um jovem, bem apessoado, de longe ao ver a cena, se aproximou para ver o menino que chorava em desespero...

_Com licença, senhora, creio que posso ajudar, estou no último ano de medicina, me permite?

Ela desesperada, aceitou a ajuda e o rapaz, examinando o garoto, percebeu que este havia deslocado um osso e num movimento firme e preciso, nessa hora colocou o osso no lugar.

O menino gritou, mas logo chorava menos. Que alívio para a pobre mãe...

_Pronto, senhora! Convém fazer emplastro com ervas e compressas geladas, logo o menino ficará bem.

_Muito agradecida, doutor...

_Olavo! Mas ainda não sou doutor. Preciso ir, senhora.

Ele lhe beijou a mão e bagunçando o cabelo do menino que fungava baixinho:

_Se cuida, rapazinho! Nada de bolas por pelo menos 3 semanas e obedeça sua mãe... - e partiu.

Tão logo ele saiu a criada chegou com o carro e o chofer carregou o menino nos ombros para dentro do carro.

Ela chegou em casa, contou da queda e mandou que buscassem o médico da família.

Quando este chegou, examinou o menino e repetiu as orientações do rapaz. Por sorte, não fora nada tão grave, mas para garantir, imobilizariam o braço do pequeno durante o dia.

Quando o marido chegou, como de costume, foi perguntar a governanta as novidades do dia...

Ficou apreensivo ao saber da queda, entretanto aliviado, ao saber que não era nada mais grave.

A jovem esposa repousava em seu quarto, depois de tamanhas emoções, sentira-se exausta e ele foi direto ao quarto do filho. Encontrou o pequeno desenhando, por sorte o braço atingido não era o da escrita...

_E aí, meu rapaz, então você quase quebrou o braço?

_Sim, papai! Doeu demais mesmo! Parecia solto, mais aí o doutor Olavo colocou ele no lugar e passou a doer menos...

_E quem é esse doutor Olavo que eu nunca ouvi falar?

_Ah papai, na verdade ele não é doutor ainda, mas me ajudou! Sempre vejo ele na praça quando eu e mamãe vamos lá brincar...

_É mesmo?!

_Sim. Ele senta longe da gente, está sempre lendo algo...

_Ah sim. E ele é amigo de sua mãe?

_Não sei, papai, mas ele beijou a mão dela e me ajudou, então deve ser amigo, não é?

_De fato, meu pequeno... Agora descanse bastante para você se curar logo...

Ele saiu do quarto, seus olhos faiscavam... Como ela ousava ter intimidade com outro homem?

Era para isso os passeios todos os dias à praça?! Isso ia acabar e pra sempre...

Tratou-a normalmente naquela noite, reprovou a falta de cuidado com o filho e ordenou que não saísse mais por enquanto.

_Mas Jorge, o menino precisa de sol...

_ Temos o quintal e o jardim! Não há necessidade de expor o menino ao perigo de cair na rua com o braço assim!

_Ah, que pena, esses passeios nos faziam tão bem, disse ela inocentemente.

_Heloísa, sei muito bem o que esses passeios lhe faziam... Não se faça de tonta! Passeios no parque agora, só em minha presença. Tenho dito!

_Sim, meu marido. - respondeu baixando os olhos para não piorar a situação...

Ela achou a reação amena demais, diante a fúria nos olhos do esposo, seria uma pena não tomar ar fresco diariamente, mas não ousaria contrariar o esposo.

Aprendera, logo cedo, que com o marido não tinha muita conversa... Na primeira vez que o questionou veemente, levou tamanha bofetada que lhe cortou o lábio e ficou praticamente duas semanas reclusa ao quarto por vergonha dos criados...

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Apreciadores (1)
Comentários (1)
Postado 12/07/25 07:35

Este é exatamente o tipo de narrativa que mais me aprisiona emocionalmente - obviamente, no bom sentido. Senti cada momento de tensão da Heloisa e do ciúme do senhor Jorge, tirando suas próprias conclusões. A criada... A criada. Confidente de Heloisa ou talvez futura confidente? Alguém tão próxima se tornará uma aliada ou a espiã do senhor Jorge? Muitas indagações além dessas povoam a minha mente, esperando um segundo capítulo e que seja rápido.

Com carinho,

Raffa.

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