Ás vezes pensamos que o amor não existe. Até que a chama se acende e ele, o amor, bate à porta.
Abrimos a porta, e ele entra sem pedir licença. Claro, porque abrimos a porta do coração.
E onde estaria o coração agora? É, agora que tudo se esfriou.
Eu estou aqui pensando nela. Não há como não pensar nela. Ela se foi.
Ela eu não sei se acreditava na eternidade de um amor.
Talvez. Talvez sim, talvez não. Mas abriu-me o coração dela para mim também.
E nós juntamos nossas dores e doçuras.
E eis que quando vimos estávamos morando juntos.
Mas vieram os maus ventos. E me abateram.
E ela me disse:
- Vá para sua família, lá eles te entendem.
E eu vim. E graças a Deus eu vim. Hoje meu coração é só memória daquilo tudo.
E passo os dias fazendo alguma coisa que não seja pensar muito na vida.
E digo: "Há amores eternos,e há amores iguais ao meu."
Decerto. Tenho um amigo que me disse:
- Como é que você fica pensando nela até hoje?
Eu respondi:
- Você não entende, porque você não viveu o que eu vivi.
E ele disse:
- Talvez seja isso.
E eu creio que não poderei amar outra vez com a mesma intensidade.
E se não for como antes, eu prefiro não amar.
Já me chamaram de tolo pór isso.
Mas há coisas em mim que só eu consigo entender.
E nas horas vagas faço versos. Que os critiquem os espíritos críticos. Que os entendam os que os adotam.
Que os leiam os que gostam de poesia.
E eu sou feliz à minha maneira.