Depois de um noivado de tempo certo, os dois entraram na Igreja.
Lá se uniram, e tiveram a sua união abençoada.
O tempo passou. A que foi minha mãe, engravidou.
O que foi meu pai, se alegrou.
E me batizaram, e me registraram.
E os meus pais, que foram pai e mãe, brilharam na minha educação.
O fruto da união dos dois aqui está. Escrevendo, celebrando-os.
E meu pai morreu primeiro. Minha mãe viveu mais tempo que ele.
O tempo de vida da minha mãe ela acabou de me criar. E de me dar recomendações, caso ela faltasse.
E minha mãe, faleceu, mas não sem antes me dizer que aos 91 amava meu pai. A quem sempre amou.
E eu estava ali escutando Caetano Veloso que cantava:
"Pai e mãe, ouro de mina."
E faz tempo que sou órfão de meus pais. Deles tenho saudades.
E saudade é o amor que fica.