Hoje eu vou falar eu. Já trabalhei como pequeno burocrata. Era num escritório de uma empresa.
A empresa tinha uma biblioteca a seu dispor. O chefe notou que eu escrevia bem.
Em pouco passou a me aproveitar na biblioteca.
Lá, além de ler eu tinha de escrever. Lia os livros e os fichava. Vocês já viram fichar um livro.
É uma questão de fazer um resumo breve do livro. E colocar este resumo na ficha.
De modo que quem procurasse pelo livro era só consultar o arquivo das fichas.
Cada ficha de livro indicava onde estava o livro nas estantes.
Eu fazia esse serviço com um profundo amor.
Quase paixão mesmo. E quem visse o resultado do meu trabalho, diria:
- Quanta dedicação!
E estive hoje mesmo lendo um artigo religioso sobre a conversão.
Eu sou católico. A conversão católica se faz, para mim, diariamente.
E me lembrei daquele emprego que me aposentou por tempo de serviço.
Então, concluo: tudo que se faz com amor se faz bem feito.