Obsessão Demoníaca
Robson Pinheiro Cruz
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 29/07/25 19:05
Editado: 29/07/25 19:09
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 8min a 11min
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Notas de Cabeçalho

Título:Obsessão demoníaca

Autor:Robson Pinheiro Cruz

Data:20/03/2025

Capítulo Único Obsessão Demoníaca

Juan levava uma vida tranquila... até o dia em que conheceu Esmeralda.Ela era descendente de ciganos que, segundo histórias sussurradas pelos mais velhos, praticavam magia negra. Seus pais tiveram um fim trágico — queimados vivos em um acidente misterioso. A tragédia pairava sobre o nome da família como uma sombra antiga.

Esmeralda, no entanto, carregava uma beleza hipnotizante: pele avermelhada, olhos verdes de gata, lábios vermelho carmesim e um vestido escarlate que parecia flamejar com cada movimento. Havia algo de perigoso e sedutor nela. Juan se sentia atraído, mas ao mesmo tempo... inquieto. Uma dúvida crescia em seu coração, como uma semente que começava a brotar.

Na volta das aulas, Marina, amiga de Juan, comentou:

— A professora de espanhol entrou em licença. Será que vai ter substituto?

— Se tiver alguém que pelo menos saiba explicar, já é um avanço... — respondeu Juan, entediado. Espanhol nunca foi sua matéria favorita.

Logo depois, o sinal tocou. Os alunos entraram na sala, e logo em seguida a diretora apareceu com um semblante sério e um leve sorriso nos lábios:

— Como vocês já sabem, a professora Liliana está de licença por conta da gravidez. Por isso, venho apresentar a vocês o novo professor...

Antes que pudesse terminar a frase, uma voz profunda e aveludada cortou o ar como um feitiço:

— Buenas noches, estudiantes. Mi nombre es Rick Banderas.

Quando Juan ouviu aquela voz pela primeira vez, algo em seu peito vibrou. E ao ver o homem que a emitia, sentiu seu mundo virar.

Rick Banderas era um espetáculo. Espanhol de nascimento, corpo escultural — ombros largos, coxas firmes, bumbum redondo e empinado. Cabelos castanhos ondulados, um bigode bem aparado e olhos em um tom violeta tão raro que pareciam de outro mundo. Sua voz era impostada, envolvente, como se cada palavra acariciasse os ouvidos de quem o escutava.

A sala silenciou. As meninas sorriram envergonhadas, e os olhares se cruzaram por toda parte. Juan, por sua vez, ficou estático, o coração acelerado.

— Que homem... — pensou, sentindo um arrepio subir pela espinha.

Ele, loiro de olhos azuis, corpo esguio, pele alva e bochechas rosadas, bumbum arrebitado, era alvo constante de olhares no colégio. Chamavam-no de “o menino da cigana”, por causa da ligação com Esmeralda. Havia rumores de que gostava de meninos, mas Juan nunca confirmara nada — embora o brilho no olhar às vezes dissesse mais do que as palavras.

— Essas aulas vão ser mais interessantes do que eu imaginava... — sussurrou consigo mesmo, com um meio sorriso nos lábios.

E foi ali, naquele instante, diante daquele homem dos olhos violetas, que tudo começou.

Depois de semanas de olhares trocados, toques demorados e promessas no silêncio dos corredores, Esmeralda e Juan decidiram tornar público o que já era evidente para quem os observava: estavam juntos.

A ligação entre os dois era forte, quase sobrenatural. Havia algo nos olhos de Esmeralda que prendia Juan — e algo na doçura de Juan que fazia a cigana perder o controle. Naquela noite, sozinhos no chalé antigo dos avós dela, o mundo parecia ter parado.

— Ah, amor... — murmurou ela, entre sorrisos e gemidos. — Não... não agora... não dentro... Os jatos esguicharam nos peitos da moça que se deliciou com o líquido agridoce...

Juan a olhava como se ela fosse feita de fogo e mel. O corpo dela era uma pintura viva, os seios como maçãs rubras que brilhavam à luz do abajur vermelho.

— Você me deixa louco, Esme... — sussurrou ele, ofegante, com a respiração descompassada e os olhos marejados de prazer.

O quarto se encheu de calor e murmúrios. Quando os corpos se acalmaram, Juan caiu ao lado dela, os cabelos loiros colados à testa pelo suor, o peito arfando em ondas.

— Se isso for magia cigana... que me enfeitice pra sempre, — disse ele, sorrindo com os lábios encostados na pele do ombro dela.

Depois de oficializarem o namoro, Juan e Esmeralda viviam momentos de paixão intensa. Mas algo em Juan ainda era inquieto, instável, como se uma parte dele ainda buscasse algo que nem ele sabia nomear.

Na semana seguinte, a escola organizou um passeio cultural de ônibus até uma antiga fazenda colonial cercada por trilhas. Os alunos estavam animados, mas Juan não conseguia tirar Rick Banderas da cabeça. Desde o primeiro dia em sala, havia um laço invisível entre os dois — algo proibido, inflamável.

Durante o passeio, Juan e Rick acabaram isolando-se do grupo. Rindo, distraídos, seguiram por uma trilha cercada de árvores retorcidas, longe dos demais. E então, o silêncio. Nada além do farfalhar das folhas e o som de suas respirações.

— Acho que nos perdemos... — disse Juan, fingindo preocupação, mas com os olhos brilhando de expectativa.

Rick parou. Seu olhar intenso atravessou o rapaz.

— Você queria isso, não queria? — sussurrou o professor.

Juan não respondeu. Apenas o olhou, ofegante. Foi então que os lábios se encontraram.

O beijo foi profundo, cheio de urgência e repressão acumulada. Corpos se tocaram, as mãos de Rick percorreram as costas de Juan, que gemeu baixo, pressionando-se contra ele. No meio da floresta úmida, os dois se entregaram àquilo que era inevitável. Foi mais que desejo — foi confissão.

Juan baixou a bermuda, mostrando o membro ereto, e virou-se, exibindo sua bunda lisinha e empinada. Rick ficou louco, apertou aquela porção macia, ajoelhou-se e umedeceu o rego rosado do rapaz com a língua. "Ai, professor, que delícia!" O membro de Juan começou a verter um líquido transparente; ele tinha o pau melado.

O professor levantou-se com o membro ereto, pronto para adentrar aquele cu apertado. "Dá uma mamada, garoto." Juan, mais que depressa, caiu de boca na ferramenta reluzente do professor, dura como aço, com a cabeça roxinha e melada, por sinal. O garoto fez a sucção em um vai e vem, enlouquecendo o macho sedento.

Levantou-se, escorou-se em uma árvore, abriu as pernas e deixou Rick conduzir, adentrando aquela bunda branquinha e macia. Juan foi aos céus. "Ai, vou gozar... aaarrr..."

Rick apertava o garoto contra si, em uma explosão de prazer naquele momento, numa gozada quente e farta, enchendo as entranhas de Juan de esperma, que escorria pelos cantos da bela bunda branca.

Mas do outro lado, em casa, Esmeralda sentia a vibração mudar. Sentada diante do espelho, os olhos acesos em verde puro, ela sussurrou palavras em dialeto cigano. Uma fumaça negra emergiu da taça de vinho. E então, viu — os dois se beijando na floresta.

Tomada por uma mistura corrosiva de raiva, dor e um amor envenenado, ela quebrou o juramento mais antigo: libertou o que jamais deveria ser invocado.

— Venha, Filho das Sombras... Mostre a eles o preço da traição.

Das entranhas da noite, moldado em trevas densas, ergueu-se o demônio. Sua forma era instável, uma silhueta feita de escuridão viva que ondulava como fumaça maldita. Sem rosto — apenas dois olhos em brasa, vermelhos como sangue, exalando morte.

Ele não caminhava. Flutuava. Sua presença sugava a luz e paralisava o tempo, envolvendo tudo em um silêncio opressor. A névoa ao seu redor parecia viva — espessa, sufocante, como se o mundo exalasse medo.

A criatura rasgou o véu entre dimensões e irrompeu no meio da trilha, onde Juan e Rick vestiam-se às pressas, ainda tontos dos próprios pecados.

— O que foi isso...? — murmurou Juan, sentindo o ar tornar-se denso como chumbo.

O demônio os atacou com violência. Juan foi ferido mortalmente. Sangue escorria por sua camisa enquanto caía nos braços de Rick.

—Venha me pegar - parecia que a criatura premeditara todo o desfecho da situação.

— Rick... eu... eu te amo. Esmeralda... foi ela... — sussurrou, com os olhos se apagando como velas ao vento.

Rick gritou em desespero. Mas algo dentro dele virou gelo. Ódio.

De volta à casa da cigana, Esmeralda pressentiu a tragédia. Quando abriu a porta, Rick já estava ali — sujo, ferido, com os olhos vazios.

— Você o matou... matou o único que enxergou quem eu realmente sou.

Ela tentou se defender, mas Rick já havia sacado o revólver calibre trinta e oito.

— Você invocou a sombra. Agora, colha o que plantou.

Num átimo, ele apertou o gatilho. O disparo atingiu em cheio o peito da cigana, cujos olhos ainda ardiam entre dor e amor.

Ela caiu... mas o sangue que escorria parecia ferver. Seu corpo tremeu e, diante dos olhos incrédulos de Rick, transformou-se na própria criatura das trevas. A pele se dissolveu em névoa negra, os traços desapareceram, e de seu interior surgiu o demônio — o Demônio das Sombras.

A entidade avançou sem hesitação. Suas mãos — agora garras feitas de pura escuridão — envolveram o pescoço de Rick, estrangulando-o com ódio mortal, até que seu rosto foi desfigurado sob a força brutal. O sangue respingou nas tábuas do chão, manchando-as como se o próprio quarto tivesse sido amaldiçoado.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Amor proibido — A expressão remete aos arquétipos literários clássicos de paixões que desafiam normas sociais, morais ou espirituais. Esse tipo de amor, por vezes condenado, costuma ser o gatilho para narrativas intensas e repletas de consequências dramáticas.

Mistérios ancestrais — Indica a presença de elementos que transcendem o tempo e carregam simbologia herdada de culturas antigas. Reflete a ideia de que os segredos da personagem feminina não são apenas pessoais, mas também enraizados em tradições e forças ocultas que moldam sua essência.

Ciclo de paixão e magia — Esse trecho sugere que o enredo entrelaça erotismo com elementos sobrenaturais, estabelecendo uma atmosfera sensual e ao mesmo tempo mística, onde cada ato carrega implicações invisíveis.

Pactos da alma — Metáfora poderosa que sugere decisões espiritualmente profundas e irreversíveis, dando a entender que o romance ultrapassa o plano físico para tocar dimensões mais sombrias e enigmáticas da existência.

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