Emily nunca se conformou com o destino cruel que havia sido imposto a tantas mulheres e homens, sacrificados em nome da bruxaria. Movida por um profundo desejo de vingança pela injustiça enfrentada por sua ancestral, Elizabeth Johnson Jr., uma mulher condenada por feitiçaria e que só foi absolvida quase 330 anos após seu julgamento, ela decidiu agir.
Certa noite, sob a luz de uma lua gibosa, Emily se reuniu com um clã de bruxas e bruxos ao redor de um caldeirão de ferro carcomido, que exalava uma fumaça esverdeada, repleta de ervas místicas. Juntos, entoaram em uníssono:
— Abracadabra, portal se abra!
A fumaça roxa envolveu dois grandes carvalhos, e um imenso portal se abriu diante deles. Agora como líder do clã, Emily proclamou com determinação:
— A hora é essa, meu povo! Vamos fazer justiça!
Mas o clã não estava sozinho. Ao seu lado, havia Nohr, a última besta-lobo, um lobisomem imponente com pelagem negra como a noite, olhos amarelos e presas afiadas. Embora fosse uma criatura ágil e musculosa, dotada de garras mortais, Nohr era submisso ao clã.
Do outro lado, em Massachusetts, no ano de 1692, uma grande audiência estava em andamento, onde homens e mulheres aguardavam a execução de suas sentenças de enforcamento e queima. De repente, um estrondo ensurdecedor ecoou, e as casas começaram a pegar fogo sem explicação. Os carrascos, paralisados pelo medo, mal podiam acreditar no que ouviam: o uivo aterrador de Nohr clamava pelo caos.
A fera lobo lançou-se sobre os acusadores, arrancando cabeças com uma ferocidade que deixaria qualquer um paralisado de terror. Enquanto serpentes picavam os juízes e religiosos do condado, apenas os inocentes foram poupados, e o destino de Salém estava irrevogavelmente selado.
Finalmente, Elizabeth Johnson Jr. teve sua honra restaurada, quase 330 anos após sua condenação injusta, provando que a busca por justiça pode transcender tanto o tempo quanto a dor.