Sempre vivi bem com meus familiares. Éramos mãe e sete irmãos. Minha mãe ficou viúva e nos criou aos sete.
Minha mãe dava-nos coragem para o trabalho.
Mas eu sei o meu pedaço, sempre soube.
Nunca gostei de falar de mim.
Inventaram um negócio de jogo aberto entre os funcionários.
Mas, como? Eu, o que via, era uma luta desigual entre os meus iguais.
Hoje vivo em casa, muitos anos depois de tudo.
Atingi já mais do que maturidade.
E não gosto nem de me lembrar. O que queriam os administradores com aquilo de "sintam-se em casa".?
O que eu sei é que de Deus eu sempre fui filho. Dos administradores e empregadores fui servo.
E como servo de quem me emprega, trabalhei.
Trabalhar é despender esforço. Aqui, eu realizo um sonho antigo.
Escrevo. E escrever sempre foi o meu sonho.
Porque quem escreve é escritor.