Ela era uma moça muito bonita. Talvez uma das mais bonitas do lugar.
E que sabia se dar ao respeito dos rapazes. Quer dizer, ela sabia do seu valor.
E aconteceu de um dia o rapaz trabalhador e sério pedi-la como namorada.
Ela pensou um pouco. Avaliou e olhou ao redor, só via a ele. Ele fazia mesmo boa figura ali.
E ela se decidiu. Quando o rapaz veio saber, ela disse a ele:
- Sim, quero ser sua namorada.
Na casa dela ele foi muito bem recebido.
E os dois passaram do namoro ao noivado.
Mas quando ele lhe falou seriamente em casamento, ela pensou. E pensou demais.
E acabou dizendo a ele:
- Não, não dá.
Ele sofrendo de mal de amor, não entendeu. E se foi.
E quando todos menos esperavam, ela entrou na igreja vestida de noiva.
Se casava com outro, mais rico, com mais posses.
E ela e o noivo no altar, e no último banco da igreja ele.
E quem era ele?
Ele, era o primeiro namorado. Que nunca se curou do mal do amor.
E aqui se acaba nossa estória. Se houve amor, você pergunta, claro que houve.
Só não houve o amor carnal, pelo menos da parte do primeiro namorado.
E ele, o namorado, depois do casório, continuou então sua vida. De trabalhador e homem sério.