Minha irmã mais velha veio passar uma semana comigo.
E conversa vai, conversa vem, eu contei a ela que sou solteirinho.
Ela não acreditou. E me perguntou se meu casamento foi anulado.
Eu expliquei a ela que não. Mas que na minha religião eu teria que casar na Igreja.
Ela me felicitou, pois meu casamento só no civil nunca foi bem-visto.
Eu em troca, disse a ela que não estava tão feliz.
Ela me perguntou porque. É que eu pensava que parecia que eu tinha passado a moça prá traz.
Ela retrucou dizendo que as aparências enganam.
Eu pensei bem e vi que não parecia nada que eu era um trapaceiro.
Realmente eu não enganara moça nenhuma.
A Igreja Católica Apostólica Romana era a que eu seguia. E foi o pároco que me disse:
- Você está solteirinho.
E minha irmã me disse:
- Com a notícia você me deu um excelente presente de aniversário.
É que aquela semana em que ela veio e ficou aqui comigo era aniversário dela.
Então vi que eu fizera o correto. Me arrependendo de uma falta, recebera o perdão.
E que falta? A falta de ter-me casado só no civil. E para mais perdão, eu me divorciara.
O que me parece, estar divorciado, não houve casamento.
Agora era eu reconhecer que me arrependera.
E fui ler a Parárabola do Filho Pródigo. Uma bela parábola que está na Bíblia Sagrada.
E Deus me atenda nos demais perdões pelas faltas leves.
E é o que eu digo sempre para mim mesmo:
- Infelizmente eu não sou perfeito.
E nunca é tarde. Rezo minhas missas diárias, rezando com mais fé o Ato Penitencial.
Assim continuo o meu andar, em paz comigo mesmo.

