Todos estavam impacientes — o baile de Halloween estava prestes a começar. Fantasias de todos os tipos desfilavam pelo salão, com jovens de várias idades, inclusive adolescentes (embora a idade mínima fosse 18 anos, vai entender...).
No escurinho, rolava de tudo: garotos e garotas se pegando, boys se agarrando com boys em cada canto, e garotas trocando beijos como se fosse tradição. A atmosfera era de pura liberdade e diversão.
Os drinks corriam soltos na festa insana que tomava conta do imenso castelo temático em Tombstone, Arizona. Além do nome sugestivo, a cidade oferecia eventos fantasmagóricos, passeios com histórias de arrepiar e, claro, um castelo que parecia saído de um filme de terror — ou pelo menos era essa a vibe da noite.
Luigi não conseguia conter o desejo. Encostado na parede do salão decorado com teias falsas e luzes roxas, ele se aproximava de Anali com aquele olhar faminto.
— Vai, gata... só um pouquinho — sussurrou, com um sorriso malicioso.
— Ai, sossega, Luigi — respondeu ela, tentando conter o riso, mas já entregue ao jogo.
O rapaz era conhecido por seu charme irresistível. Seus beijos eram intensos, e Anali sentia cada toque como se fosse feitiço. As mãos dele exploravam com cuidado e ousadia, despertando arrepios em sua pele. Ela, vestida de bruxa, já deslizava a saia devagar, como quem sabia exatamente o que queria.
— Quero te fazer carinho gostoso em outro lugar — murmurou Luigi, com a voz rouca.
Anali retribuía com paixão, seus gestos carregados de desejo, sugava o membro ereto do rapaz, levando-o à loucura. O clima entre os dois era puro fogo, como se o castelo temático tivesse sido construído só para aquela noite. Lá fora, a festa seguia com música alta, fantasias ousadas e drinks coloridos. Mas ali, naquele canto sombrio, o mundo parecia ter parado.
— Agora é a sua vez, meu vampiro — disse ela, limpando os cantos da boca com um sorriso travesso.
Luigi se inclinou, explorando cada curva com a língua como se dançasse. Anali suspirava, entregue, enquanto ele buscava o néctar escondido entre suspiros e gemidos.
— Ah, amor... assim vai... eu sou toda sua — ela dizia, em êxtase.
De repente, um barulho interrompeu o momento.
— Tracc, tracc! — passos se aproximavam.
— Ai, vem gente! O que vamos fazer? — sussurrou Anali, em pânico.
— Rápido, levanta — disse Luigi, tentando conter o riso enquanto ajeitava a roupa.
Eles se esconderam atrás de uma cortina pesada, tentando recuperar o fôlego. Três figuras fantasiadas de caçadores entraram no salão lateral, rindo alto e segurando lanternas.
— Alguém viu o lobisomem? Dizem que ele tá solto por aqui! — gritou um deles.
Luigi engoliu seco. A fantasia de vampiro já não parecia tão segura. Anali, ainda ofegante, cochichou:
— Se acharem a gente aqui, vão pensar que somos parte do show...
Os passos se afastaram, e o casal respirou aliviado. Mas o clima já não era o mesmo. A caçada tinha começado — e não era só por diversão.
Mais tarde, Luigi saiu do banheiro masculino e algo chamou sua atenção. Uma jovem de cabelos negros e lábios cor de sangue o observava com intensidade. O fascínio foi imediato. Sem pensar, ele se aproximou e a beijou com intensidade.
Foi então que as presas da bela começaram a crescer, cravando-se na carne fresca do rapaz. Alina nada mais era que uma vampira — uma condessa habituada ao sangue de jovens rapazes.
A mordida não foi apenas um ataque. Foi um pacto.
A condessa transformou Luigi em seu amante eterno.
Desde aquela noite, Luigi nunca mais foi visto entre os vivos.
Alguns dizem que ele fugiu com uma mulher misteriosa. Outros juram que o viram vagando pelas ruínas do castelo, com olhos vermelhos e um sorriso sedutor demais pra ser humano.
O baile de Halloween terminou como sempre: com música, bebida e histórias que ninguém acreditaria. Mas no subsolo do castelo, entre túmulos cenográficos e corredores esquecidos, dois corpos se entrelaçavam — eternos, famintos, amaldiçoados.
Luigi agora era parte da lenda. E Alina, a condessa vampira, finalmente tinha seu amante eterno.
E se você visitar Tombstone em outubro... cuidado com os beijos no escuro. Nem todo amor termina com um final feliz.

