"Um conto, que continua outro; uma resposta para uma história, sem fim certo".
Para os leitores que apostaram em um final malicioso, que ia muito além daquela xícara de café, revelo o seguinte: Estavam totalmente certos! Alguém como o nosso garoto não ama ninguém, não ajuda sem ter outras intensões, não a pureza no que dizem e sempre refletem sobre os erros das suas mentiras...A verdade: Eles só amam duas coisas: O dinheiro e a possibilidade de satisfazer seus desejos, e tenha isso em suas cabecinhas, fariam qualquer coisa para sentisse realizados.
"Como eu consigo? Fazer amor, sem nem ao menos ama-la..."- perguntasse, enquanto escuta os gemidos de uma mulher com um nome qualquer.
As horas passam e a consciência de Matheus continua a pesar, como os "funcionários" mais experientes diriam, e dizem: -Carne nova é, assim mesmo, fraca... –risadas debochadas.
Levanta da cama, mais que usada, olha cansado a amante com seu corpo exposto, está dorme feliz, ou seja, seu trabalho foi bem feito: -Ela sorri, enquanto dorme... e eu fumo. Afinal, estou merecendo.
A forte luz que vem da janela desperta o interesse deste jovem, que dirige-se até a mesma. A sua nudez espanta algumas mulheres religiosas, que caminhavam até uma pequenina igreja ao lado do motel, que tinha um nome peculiar: "Plaisirs". Traduzindo do francês para o português tornava-se fácil ler: Prazer.
Grita do alto para aquelas mulheres, que estão a fazer um fiasco: -Por favor, moças. Hoje eu estou de cueca...- roupa intima, que nem é tão intima assim.
Sai da sacada, murmurando: -Se aquela mulher não tivesse...- ressalta a palavra "mulher" com desprezo. -Eu podia ter uma vida diferente? -uma pausa -Ah, como desejo saber a resposta desta pergunta – soltas risadas assustadoras em uma tentativas frustrada de acalmar sua raiva, mas só um ato pode deixa-lo calmo, por isso, volta a cama para ficar novamente em paz.
Naquela mesma noite um sonho...Não, uma lembrança o faça delirar, suar e sussurrar algumas palavras, enquanto dorme: -Matheus -chama a atenção, uma mulher de uns vinte e poucos anos.
Vira seu olhar ainda inocente para aquela jovem e bela moça. -Aqui, uma rosa amarela para minha única flor –estica seu braço, oferecendo não só a planta, mas seu coração juvenil.
-Não posso aceitar, eu não consigo fingir mais –continua a olhar calmamente, docemente e friamente, era um olhar múltiplo de dor e mentira.
Uma lágrima tenta cair –Por que?
Risadas de sarcasmo são soltas. -Por favor, não me faça rir. Você acha mesmo que me faz feliz? Não tira nem um eu te amo sincero, imagina um gemido. A verdade é que eu estava mentindo! Criança... - a palavra continua sendo repetida, enquanto ele cai em um buraco fundo, implorando por aquele amor falso.
Acorda, quase que em um salto. Senta-se assustado na cama bagunça e molhada de suor. -Mais que droga! -esfrega sua cabeça.
A resposta da pergunta que pode estar rondando seus pensamentos caros leitor é simples. Ele só entrou neste "esquema" para apreender com quem melhor sabe, fazer uma mulher enlouquecer por um homem, por amor, por um amor falso e uma vingança falhada. Para que? Acabar viciado em "encontros causais" com garotas, esposas, velhas e sei lá mais quem, que só importam-se com seu corpo muito bem cuidado, mesmo não sendo mais puro continua inocente.