Desde o primeiro instante me chamaste a atenção
Tua fala, teus gestos, tua elegância
Fazia meu coração bater louco
Como criança que corre
Boca seca, olhos molhados
Lhe observo, desejo
Queria um simples beijo!
Desejo negado, recalcado já tens dona!
Por acaso do destino tua dona
Te traí, te despreza, te abandona
E cá estou eu a observar-te, a desejar-te...
Mas pateta como sou
Rainha das covardes
Jamais te direi palavra
Observo e rezo para que venhas por ti mesmo
Desejo...
Nossas doces conversas
Nossos estudos
Nossos filmes
Nossas trocas
Mas tu nunca me notas!
Pelo menos não do jeito que eu gostaria...
Euforia, vou-me embora
Finalmente vou curar-me dessa doença chamada amor
Separação, mil quilômetros de distância
Esperança do coração deixar essa ressonância
De bater tão ligado ao teu...
Espero, desacelero
Converso, escuto, leio
Vejo outros, observo
Que pateta, não me liberto!!!
Meu coração, teima, só quer o teu...
Noite como breu, sozinha
Perdida nas doces lembranças
Sem esperança...
Isso é loucura!!!
Por quê ainda me seguras???
Estás tão longe
Não es meu!
Meus são os doces sonhos
Meus são seus olhos risonhos
As pequenas dádivas
Singelos presentes que me deste como amigo.
Meus são o brilho dos primeiros fios brancos
Aqueles teimosos a despontar na imensidão de seus negros cabelos
Teu lindo cavaque grisalho
Quanto sonhei envelhecer contigo...
Meus continuam sendo os doces sonhos
Sonhos frustrados de ventura
Mas o que se tem é desesperança
Desse amor só de lembrança
E que nunca, jamais
Você percebeu!