A concubina e a Flor de Lótus (Em Andamento)
Monise
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 14/07/25 08:12
Editado: 15/07/25 19:22
Qtd. de Capítulos: 4
Cap. Postado: 14/07/25 08:12
Cap. Editado: 15/07/25 19:22
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 4min a 5min
Apreciadores: 2
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Palavras: 683
Não recomendado para menores de dezesseis anos
A concubina e a Flor de Lótus
Notas de Cabeçalho

Esta história foi criada a pedido de um querido amigo que desejava ser personagem de uma de minhas histórias.

Lucce, este romance é dedicado a você. Que você encontre um amor real que lhe permita brilhar em toda a sua intensidade.

Capítulo 1 A concubina

Ela sabia bem a honra que lhe fora concedida: como filha de uma das mais humildes concubinas, havia sido escolhida pelo imperador, desde a mais tenra idade, para se tornar sacerdotisa...

Lembrava-se bem daquele dia: o imperador, um tanto quanto idoso, tinha tido inúmeros filhos varões, mas filhas, apenas a filha da imperatriz e ela.

O imperador as adorava! Claro que ela não tinha os mesmos luxuosos trajes da irmã, mas gozava de cuidado e proteção especiais.

O imperador fizera questão de que ela fosse tão bem educada quanto a irmã.

A mãe lhe dizia para ser grata e humilde e sempre reverenciar a sua irmã, bem como todos os outros membros da família real, afinal, sua mãe era a mais pobre das concubinas, sem ascendência real, sem dote, filha de um capricho do imperador, que em viagem, passando por uma pobre vila, ouviu um doce canto e apaixonado pelo som daquela voz, parou a liteira e quis ele mesmo seguir aquele canto celestial em silêncio, por medo de que talvez aquele anjo voasse para longe...

Como ela amava essa parte da história...

A jovem mãe, que realmente possuía uma voz angelical, havia acabado de lavar seus longos cabelos no rio e enquanto os penteava cantava uma antiga canção de amor, ensinada por sua avó...

O imperador extasiado, não ousou aparecer, contemplou a bela jovem de pele muito alva, cabelos negros, que ao reflexo da luz, brilhavam como uma ônix. Apaixonou-se!

Saiu em silêncio, chamou um de seus secretários para que fosse até o rio e munido do nome da jovem, pesquisasse se era pura.

O secretário voltou com as informações e ficou decidido, dali a duas noites ela seria entregue ao imperador, seria sua mais nova concubina.

Os pais da jovem ficaram felicíssimos por tamanha honra e pelos presentes recebidos: joias e finas roupas para a cerimônia, impossível melhor futuro para a filha...

Após a cerimônia se despediram da filha e não mais a viram, pois eram pobres demais para ir a corte e já se sentiram extremamente felizes por terem sido dispensados do dote e das despesas do casamento.

E o imperador amou aquela jovem e esta foi a única a ocupar seu leito durante os três meses de viagem, sua beleza, ingenuidade e doçura o encantaram, ele a cobriu de presentes.

Ao final da viagem foi enviada a casa das mulheres imperiais e lá ficou com muitas outras. Logo o imperador recebeu a notícia de que a jovem havia concebido.

Ele não se importou muito, afinal já possuía cerca de trinta jovens robustos, todos legítimos e uma doce menina, sua única filha, a doce princesinha.

O imperador ordenou que recebesse o mesmo cuidado que se dispensava às jovens grávidas da corte, não a chamou mais e não pensou mais nisso, haviam várias questões diplomáticas a resolver...

Mesmo com um tratamento assim, simples, a concubina se sentia rica, feliz e honrada, por estar gerando um filho de sangue real.

A surpresa veio na hora do parto... outra menina! O imperador precisava ser informado imediatamente!!!

Ao receber a notícia, ele ficou comovido, finalmente outra filha!

Anunciou uma festa, música, danças, presentes...

A concubina de repente se viu honrada e tratada com deferência pelo imperador, que a visitou mais algumas noites após o devido tempo de resguardo... Ele ainda a amava, sonhava a jovem no seu íntimo.

A imperatriz ficou enciumada, mas não falou nada, iria intervir sem maior alarde, precisava garantir a supremacia de sua filha, mas agiria com sabedoria...

O melhor jeito? Iria ponderar bem a respeito...

O imperador, satisfeitíssimo deu uma residência na corte para a concubina e criados, e como esta lhe deu sua segunda filha, agora ficaria na corte e precisava ser educada.

A imperatriz não se opôs, ao contrário, pediu ao esposo a honra de escolher os tutores e isso foi visto com bons olhos.

De posse desse poder, pegou bons tutores para a jovem, no entanto não eram os mais nobres e nem os profundos conhecedores da cultura e história reais, afinal a concubina deveria ser educada, mas não no nível da imperatriz ou dos nobres...

❖❖❖
Notas de Rodapé

É isso por hora, logo mais personagens vão chegando... Espero contar com vocês para acompanharem mais essa história...

Apreciadores (2)
Comentários (1)
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Postado 16/07/25 03:36

Neste primeiro capítulo, somos guiados por uma escrita que mescla lirismo e sutileza política com muita elegância. Você constrói com beleza o contraste entre a origem humilde da concubina e a honra inesperada que lhe é concedida. Há um tom quase de conto tradicional, com ecos de fábula e drama de corte, mas tudo temperado com humanidade, especialmente no olhar amoroso da mãe e na figura da filha que herda, silenciosamente, tanto o encanto quanto o fardo desse passado.

Mal posso esperar para ver como essa jovem crescerá sob as sombras do poder... e da inveja.

Com carinho,

Raffa.

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