Eram seis e vinte sete da noite, ônibus cheio, calor de verão típico da capital lotada e sem verde, e justamente nesse momento o bêbado resolve parar do meu lado para puxar assunto. Sim, logo comigo, pra melhorar meu dia.
Enquanto finjo que estou prestando atenção na história lunática dele eu me pego imaginando-o caindo e batendo brutalmente com a cabeça nos ferros do ônibus. O motorista poderia me dar essa ajudinha né? Bêbado feito um idiota ele tagarela sem parar! Cala a boca, infeliz! Morra logo, desgraçado! Engasgue em seu próprio sangue imundo.
Hoje foi realmente um dia estressante.