Asas de papel...
A RESPOSTA
Por quê pensam
Que sou ingênuo?
É diferente de inocência
Que me foi tirada
Até castigada
Crença própria
Tomada de mim
Por nunca acreditarem
Eu tive que fazer
Por mim mesmo...
Asas podadas
Chumbo nos pés
Mandando eu voar...
Apenas feito para cair
Eu usava papéis
Com minhas palavras
Eu voava
Mas nunca o suficiente
Apenas eu
Usando papéis frágeis
Para alcançar um Voo
E ainda ser alvejado
Por não ser
Da maneira
Que me impediram
Como saber o motivo
De tudo isso
Se nem quem fez
Sabe o porquê
Distante
Cada vez mais distante
A pouca proximidade
Machuca
Voo com papeis
Não aprendi
A ser quem sou
Não me ensinaram
A encontrar
Coisas especiais em mim
Com papel
O papel sangra
Extensão de mim
Mesmo assim
É rasgado
Sou uma pergunta
Que não consegue responder
É como se não estivesse perto
E quando eu desisti de estar
Quis então me ter perto
Hoje eu ainda voo
Com meus papéis
Pouso no coração certo
Que não sou uma pergunta
Mas a resposta...
Assim como ela é
Para mim
Eliézer Viajante do Tempo