De manto preto você me convida a dar passos rumo ao desconhecido,
e os flashes de fogo vermelho nos aplaudem de longe.
Esse salão extenso e amplo está vazio do que não importa.
Nossos dedos entrelaçam e nossas lágrimas contornam nossos sorrisos enquanto nossas almas se mesclam.
Nossos corações estão mudos, mas nossos olhos falam mais do que bombas numa guerra nuclear, conversando em meio ao caos individual.
Os mortos possuem tanta paz mesmo quando vivos, porque o amanhã não importa quando o presente deixa de ter significado.
Mesmo que eu me vire e corra de você, sei que você vai me perseguir,
porque você não existe, mas vive em mim.
Não te vejo e nem o sinto seu cheiro, mas posso perceber a sua presença em cada pensamento meu, me apodrecendo por inteiro.
E eu não posso te explicar mas sei que eu te compreendo.