Essa beleza condizente a riqueza
A tal destreza que o homem tem
Em querer comparar riqueza
À esperança que o pobre tem
É fascinante
O simples modo operante
Do diferente
Ser sempre açoitado
O rico, sempre adorado
Onde será
que o verdadeiro valor
Foi guardado?
Me desculpe
Não somos perfeitos
Não nos encaixamos
No padrão perfeito
Imposto pelos meus senhores
Patrões assalariados
Que denunciam o meu passado
Se me der licença
Voltarei ao meu lugar
Pois do pó viestes e ao pó voltarás
Verdade esta, que ninguém contrariará
Não negue, é claro
Que uma injustiça há
Mas logo sua recompensa virá.