Estavam os dois sentados no sofá da sala. Lado a lado, conversavam. E, de repente, tiveram um leve desentendimento.
E ela lhe disse:
- Assim, não.
Ele ficou meio triste. E meio com raiva. E respondeu a ela:
- Olha, eu vou embora. Agora.
Ela não se importou. Ele levantou, e mediante o silêncio dela, foi embora mesmo.
E hoje ele pensa: que naquele dia tiveram um leve desentendimento.
Naquele dia, ele indo embora, pensou:
- Mas eu gosto muito dela. - E pensando isto rumou para a igreja.
Chegando à igreja, entrou e procurou com o olhar um confessionário.
E foi se ajoelhar lá. O padre confessor o recebeu bem. E ouviu a sua confissão.
E o padre ao fim lhe disse:
- Ajoelhe-se no espaço dos fiéis e reze um padre nosso, e algumas ave-marias.
Foi o que ele fez. Sua alma sentiu-se mais leve. Ele sorriu e disse para si mesmo:
- Deus existe, eu acredito em Deus.
No outro dia, foi ao comércio. Comprou um presente para a namorada. E à noitinha entregou a ela.
Os dois namorados se abraçaram. E ela lhe disse:
- Eu te amo.
Ele ficou imensamente feliz. E creditou tudo aos céus. Pensando consigo acabou por dizer:
- Ô meu Deus, o senhor foi meu amigo invisivel.
E completou:
- Vim para tratar dos trãmites de meu casamento com ela.
O padre se alegrou. E deu início a tudo.