Academia da Carnificina II (Terminado)
D Co-Autores Shizu Devastir
Usuários Acompanhando
Tipo: Romance ou Novela
Postado: 05/09/20 19:42
Editado: 22/12/20 21:48
Qtd. de Capítulos: 7
Cap. Postado: 22/10/20 02:36
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 29min a 39min
Apreciadores: 6
Comentários: 7
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Palavras: 4798
Não recomendado para menores de dezoito anos
Academia da Carnificina II

Esta obra participou do Evento Academia de Ouro 2020, indicada na categoria Romance ou Novela.
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Notas de Cabeçalho

E mais um capítulo chegou! Espero que gostem, até porque esse aqui deu uma trabalheira de escrever.

Capítulo 2 Caos

20 de Março de 2017. Cerca de onze horas da noite. Senhorita Meiling estava deitada em sua cama, quando ouviu um estrondo alto vindo do cômodo ao lado, o barulho parecia uma queda.

— Mês? — questionou ela, deixando o celular de lado e levantando-se da cama. — Mês, é você?

Após alguns segundos se passarem e nada mais ser ouvido, além do que pareciam ser passos rápidos de um ser em fuga, a nobre Soberana levantou-se e decidiu usar de toda sua coragem para verificar o que estava acontecendo. Ainda vestindo seu pijama com desenhos de ovelhas negras, ela saiu de seu quarto, Número 31, e percebeu que a porta do Quartinho, ao seu lado, estava aberta.

— Aconteceu alguma coisa aqui? — perguntou Monique, a nova governanta da Academia, ao deixar o Quarto 32. Seu cabelo estava um tanto desarrumado — Eu ouvi um barulho alto do meu quarto.

— Eu ouvi a mesma coisa — respondeu Meiling. — Não sei o que houve, mas parece que alguém passou pelo Quartinho. Achei que ninguém mexia ali desde que o senhor Willy se foi.

— De tempos em tempos eu preciso buscar algumas coisas por lá — respondeu a mais velha, se aproximando. — Deixa eu… Oh não! Eu definitivamente não deixei as coisas assim — respondeu. — Alguém passou por aqui. Que alvoroço!

O cômodo estava de fato bagunçado, com uma escada de mão largada no meio do mesmo, latas de tinta derrubadas, e diversos itens espalhados pelo chão. Os gatos da governanta, que a seguiram desde o quarto, logo adentraram e começaram a navegar pelo cômodo.

— E o que é aquilo ali? — perguntou Meiling, apontando para a abertura no teto que dava acesso ao andar superior.

— Ah… — respondeu Valdemir, que vagarosamente tinha deixado o quarto de Monique e abotoava os botões da camisa. — É o que dá acesso ao sótão da Academia. Faz muitos anos que ninguém entra lá.

Meiling pulou ao perceber a presença do professor, que se aproximara da mesma sem dar nenhum sinal de vida.

— Sótão? — a jovem levou a mão ao queixo e pensou por alguns segundos. — Ah sim! Uns colegas meus falaram algo a respeito hoje mais cedo. Mas por que nunca nos falaram sobre isso?

— É uma longa história — respondeu o homem. — Mas em resumo, é uma área proibida. Pelo que eu saiba, já fazem décadas que ninguém é permitido lá.

— Então — Monique se aproximava da abertura — será que alguém resolveu explorar onde não devia e fez toda essa bagunça? Melhor irmos verificar.

O estrondo e a posterior conversa entre o grupo foi aos poucos despertando outros acadêmicos. Elorayna, Virgilius, Lionel e Petra logo se aproximaram, querendo saber o que estava rolando.

— E aquele barulho, ouviram também? — perguntou Elo.

— Sim, parece que alguém andou se metendo onde não deve — disse Monique.

— Como assim? — perguntou Lionel, bocejando de sono.

— Alguém tentou ir ao sótão subindo pelo alçapão do Quartinho e fez uma bagunça, aparentemente — respondeu Meiling — deve ter sido alguém que estava com a gente mais cedo e viu aqueles mapas do Rogério, Elo.

— E a Mês, onde está? — perguntou Virgilius. — Ela não estava no quarto com você, Meiling?

— Estava — respondia Meiling, enquanto Monique segurou uma das escadas e colocou-a debaixo do alçapão, logo começando a subir —, mas saiu para buscar uma água no Refeitório e ainda não voltou… Pensando bem, já faz um tempo até.

— Será que não é ela que está lá em cima? — indagou Petra.

— Faria sentido — respondeu Elo. — Até porque ela parecia estar bem curiosa sobre os mapas que o Rogério achou.

— Vocês vão precisar nos contar mais sobre esses mapas — respondeu o jovem de monóculo. — Do que estão falando?

— Depois te conto! — disse Meiling, subindo as escadas atrás de Monique com uma expressão emburrada. — Se a Mês foi explorar o sótão sozinha e nem me contou, eu vou matar ela! — exclamou a moça.

Monique e Meiling chegaram primeiramente ao andar, enquanto os demais decidiam quem iria segui-los ou não. Em meio à escuridão, a moça da realeza utilizou a lanterna de seu celular para poder se situar no escuro.

— Seis! — Exclamou Meiling, enquanto investigava os arredores. Esse era um apelido que havia dado a sua amiga há muitos anos atrás, usado apenas pelas duas. — Seis! Chega de brincadeira, viu!? Por que você não me avisou que viria para cá!?

Os demais acadêmicos vieram atrás, enquanto a maioria dos que estavam dormindo ou ocupados continuaram a acordar e se perguntar o porquê de tanto barulho a essa hora da noite. Após alguns minutos, enquanto múltiplos se distribuíam para investigar o sótão, à procura de Mês, um berro foi ouvido.

— Aaaaaaaaah! — gritou Meiling, antes de cair no chão, desmaiada.

Outros vieram atrás, com suas lanternas, celulares, isqueiros e etc., à procura do que havia acontecido. Quando a luz foi suficiente para iluminar o espaço entre algumas estantes da Biblioteca Secreta, um cadáver foi avistado. Pés pálidos com sapatos velhos, seguidos de um confortável par de pijamas esverdeado, cobriam o corpo do calcanhar até a nuca. E nada mais. O que antes era uma bela moça de um metro e cinquenta e cinco, era agora um defunto decepado, com uma grande poça de sangue escorrendo da nuca solitária.

A diretora tardou a chegar acompanhada pelo professor que foi avisar do achado. Apressada, ela subiu as escadas encontrando quase todos os acadêmicos no escuro cômodo. Olhou cada rosto, o corpo decapitado que era impossível confundir com outra pessoa e a Jovem Mei desmaiada, e disse, ajeitando o chambre:

— Professor Valdemir, ajude a descer a Senhorita Mei. Os demais, saiam desta área e voltem todos ao seus quartos, agora. Nós assumimos daqui.

O professor desleixado, com a ajuda de Phillip, carregou a jovem inconsciente para fora do cômodo, e depois voltou para buscar o cadáver. Naquela noite e na próxima não houveram piadas ou investigações, pois todos estavam triste demais com a morte da Senhorita Mês, e revoltados pela cabeça da garota ainda não ter sido encontrada.

Ninguém se pronunciou a respeito até o terceiro dia, quando o corpo da jovem Soberana foi enterrada no Cemitério da Academia em uma singela cerimônia com caixão fechado. Todos estavam em total silêncio. Mei, entre lágrimas, pôs-se à frente do caixão e deu início a um curto discurso que foi seguido pelos demais.

— Seis, Mês, minha irmã, eu prometo que vamos achar seu assassino… — limpando as lágrimas terminou tentando sorrir — …e a cabeça que lhe foi roubada.

Os demais colegas prometeram, alguns em silêncio, que fariam de tudo para fazer justiça.

❖❖❖

27 de Março de 2017. Uma semana após o assassinato de Senhorita Mês, depois de uma investigação árdua dos acadêmicos sobre quem poderia ter estado por trás de tal feito, uma conclusão foi tomada. Depois de ter passado as últimas 48 horas em confinamento solitário, sem comida ou bebida, Elorayna se via amarrada numa alta estaca de madeira, em frente ao Hall de Entrada da Academia. Seu corpo magro e desnutrido era pressionado pela corda contra o poste, com pés e mãos imobilizados. Os olhos, sem vida, focavam o chão, ignorando os vários acadêmicos que a rodeavam.

Pessoas que anteriormente foram seus queridos colegas. Pessoas com quem ela se divertiu, aprendeu, fez piadas e deu risadas pelo último mês. Pessoas que haviam determinado o seu fim. Com votos de Monique, Haruna, Sabriny, Philip, Petra, Ava e Meiling, e abstenção dos demais, não seria possível que a moça se salvasse. Era tarde demais.

— Assassina! — Gritou Meiling, atirando uma xícara de café quente no corpo de Elo, a queimando. — Não acredito que você fez aquele horror com a minha melhor amiga! Você vai passar o resto da vida no inferno!

— Elo… — se aproximou Petra, sua colega de quarto. — É a sua última chance de fazer direito. Admita o seu crime e nos conte onde você colocou o resto do corpo — A moça amarrada permaneceu quieta.

— Ela não vai falar nada! — gritou Philip. — Conheço o tipo quando o vejo, ela vai negar até o final.

— O jeito é acabarmos de vez com isso — disse Monique, se aproximando com uma garrafa de álcool que era utilizada nas limpezas da Academia. Ela passou a derramar álcool no corpo da garota amarrada.

Alguns acadêmicos começaram a deixar a cena, não querendo ver o que estava para acontecer. Outros permaneceram, incluindo Meiling.

— Eu… — suspirava Elo, quase sem forças. — Eu juro que não fiz nada, por favor…

Com uma caixa de fósforos retirada do bolso, a diretora Júlia acendeu uma ponta e atirou próximo ao corpo da garota. A pequena chama logo se estendeu dos pés à cabeça da jovem, queimando seu corpo inteiro enquanto a mesma gritava, agonizando de tanta dor. Meiling encarou-a durante o processo inteiro, até que os sons de grito pararam e seu corpo se despedaçou em cinzas.

❖❖❖

Durante a execução de Elorayna, alguns dos alunos que não quiseram se envolver no processo se encontravam no Quarto 23, antigo quarto de Márcia.

— Eu tenho certeza que estava em algum lugar por aqui — dizia Ava, abrindo gavetas ao lado da cama da falecida professora.

— Qual é a aparência do negócio, Ava? — perguntou Rogério.

— Era um pequeno livro com uma capa verde clara — respondeu a moça. Eu achei quando estávamos investigando o que aconteceu com ela no primeiro dia de aula.

— É provável que já tenham movido as coisas de lugar — disse Nicolle. — Afinal, faz mais de um mês que ela foi enterrada, eu estaria surpresa se algo ainda estivesse aqui.

— Esse é o estranho — continuou Ava —, a maioria das outras coisas que eu vi aqui na época ainda estão no mesmo lugar. Os pertences dela mal foram tocados. Mas o diário não está em lugar nenhum.

— Tem cara de que alguém veio aqui apenas para pegar esse tal diário — interviu Rogério. — Assim como alguém passou no meu quarto enquanto eu dormia apenas para se livrar dos mapas que encontramos semana passada.

— É quase como se estivessem tentando impedir que encontrássemos alguma coisa — continuou Nicolle. — O que será?

— Não sei — disse Ava —, mas o que quer que seja, é algo ruim. E imagino que mais mortes virão a acontecer.

— Afinal de contas — começou Rogério —, o que você lembra de ler no diário da professora Márcia? O que é tão importante que precisamos nos juntar aqui para procurar?

— Sinceramente, é difícil de acreditar. Mas ela disse ter visto o zelador Willy enterrando um corpo decepado no cemitério da Academia. Coincidência?

— Imagino que não. Quem quer que fosse, acabou da mesma forma que a Mês. Alguma coisa tenebrosa está acontecendo por aqui — afirmou Nicolle.

— Talvez a Monique saiba de alguma coisa — disse o rapaz. — Afinal, ela assumiu as responsabilidades do zelador Willy.

— …e a Sabriny assumiu a Sala de Artes — adicionou Ava.

Enquanto isso, outros alunos ocupavam a recém descoberta Biblioteca Secreta, tentando descobrir o motivo para manter tal cômodo escondido.

— Achou alguma coisa interessante? — perguntou Haruna.

— Ainda nada — respondeu Philip, folheando um livro ao lado de uma pilha de outros. — Só mais receitas atrás de receitas estranhas, mas nada que pareça associado à Academia em si ou que explique o que pode ter acontecido com a Mês.

— Bom, quero imaginar que a Mês não seria assassinada sem motivo — respondeu a Imperatriz. — Ela deve ter encontrado alguma coisa por aqui que levaria a Elo a querer assassiná-la.

— Falando nisso — disse Virgilius, passando atrás segurando uma outra pilha de livros —, não é meio perigoso estarmos aqui? Afinal, a moça foi assassinada neste lugar, e também desde o ocorrido a diretora Júlia nos disse que não deveríamos mais vir ao Sótão.

— Não se preocupem! — disse Lionel, que lia um livro sentado no chão. — Ninguém aqui irá morrer, pois eu os manterei protegidos, meus caros colegas!

— Bem… — começou Philip — …enquanto eu concordo que provavelmente nada de mal vai acontecer se continuarmos juntos, é verdade que é contra as regras da Academia acessar o Sótão.

— Um Sótão que até pouco nem sabíamos que existia, inclusive — adicionou Virgilius.

— …e uma regra que também não sabíamos que existia, até alguém morrer — concordou Haruna. — Mas não importa, eu sou a IM-PE-RA-TRIZ dessa área. Se acontecer alguma coisa, eu me entendo com a diretora. Precisamos descobrir o que está rolando por aqui.

— Pessoal! — exclamou Philip. — Acho que encontrei uma coisa aqui.

— O que é!? — disse Haruna se aproximando, enquanto Lionel se levantava e ajeitava o monóculo, e Virgilius se aproximava.

— Olha só neste livro aqui — disse o rapaz, apontando para a ponta de uma página. — O livro em si não tem nada demais, mas um aluno anterior colocou anotações a mão nos cantos das páginas.

— E o que tem demais nisso? — perguntou Lionel. — Não são apenas anotações de suas aulas?

— Foi o que eu achei inicialmente, mas… se você prestar atenção, este acadêmico parecia estar observando coisas estranhas acontecendo na Academia, e ele anotou tudo nessas páginas, como um diário.

— Que tipo de coisas estranhas? — questionou Virgilius.

— Comportamento estranho da parte de outros acadêmicos, assim como de alguns professores. E desaparecimentos acontecendo na Academia.

— Deixa eu ver mais perto — disse Haruna, agarrando o livro.

Enquanto isso, no Refeitório, Sabriny conversava com Petra e Meiling, ainda processando o que havia ocorrido nos últimos dias.

— Não acredito que realmente deixamos que algo assim acontecesse com a nossa colega — disse Sabriny, com a mão contra a cabeça.

— Muito pior foi o que ela fez com a minha melhor amiga! — disse Meiling, com olhos cheios de lágrimas. — Ela teve o que mereceu!

— Não sei se isso cabe a nós decidirmos — disse Petra. — Meiling, no fim das contas, você disse que estava usando o seu celular no dia que o assassinato ocorreu, não é?

— Sim, é verdade — concordou Meiling.

— Mas você não vinha mencionando que o mesmo não funcionava mais? — perguntou Sabriny.

— Não é que não funcionava — esclareceu Meiling —, é que eu estava sem sinal. Passei boa parte do tempo aqui sem sinal, e ainda estou.

— Eu também não consegui sinal no meu telefone — concordou Petra —, o que dizem da Academia é verdade. Um local totalmente isolado da civilização moderna.

— Acho até bom isso — adicionou Sabriny, segurando seu anel de noivado, que usava pendurado no pescoço por um colar. — Às vezes é bom pegar um pouco de distância de tudo e focar no que importa.

— Sim, realmente… — concordou Meiling, limpando as lágrimas. — Mas eu sinto tanta falta do meu namorado! Queria tanto que ele tivesse vindo aqui comigo!

— No fim das contas, imagino que você ainda não conseguiu falar com ele — disse Petra. — Então o que você estava fazendo no celular aquela noite?

— Bom, é meio embaraçoso, mas… — começou a garota, quando foi interrompida pela chegada de outras pessoas no Refeitório.

— Briny! — exclamou Ava. — Precisamos conversar com você!

— Como assim? — perguntou a moça.

— Nós estamos atrás do diário da Márcia — disse Rogério. — Mas ainda não conseguimos encontrá-lo.

— E por que ela saberia de algo a ver com isso? — perguntou Petra.

— Além disso… — continuou Meiling — …é mal-educado ler o diário de outras pessoas.

— Essa é uma situação diferente — disse Nicolle. — Achamos que isso possa ajudar-nos a descobrir o que está acontecendo por aqui. Entender como o que aconteceu com a Mês pode estar conectado a algo muito maior.

— Maior? — questionou Sabriny. — Qual é o sentido disso?

— Nós não sabemos ainda — disse Ava. — O que importa é que precisamos encontrar o diário de Márcia, pois ela estava observando comportamento estranho da parte do zelador Willy.

— Será que ela poderia ter deixado em algum lugar escondido na Sala de Artes? — perguntou Petra.

— Justamente por isso que viemos aqui — concordou Rogério —, você sabe de alguma coisa assim, Briny?

— Bom… — a moça colocou a mão na cabeça. — Pelo último mês eu já revirei aquela sala inteira e não achei nada, mas… sei de uma coisa que pode nos ajudar a ligar os pontos.

❖❖❖

Após o pôr do sol, e depois de Sabriny ter compartilhado com os colegas o que havia descoberto sobre o passado da professora Márcia, um grupo de acadêmicos entrava quietamente no Quarto 25, quarto onde normalmente o professor Valdemir dormia.

— Tem certeza que podemos fazer isso? — perguntou, sussurrando, Rogério.

— Não se preocupem — disse Petra, guardando a porta de entrada. — Já observei que o professor nunca está no quarto por volta desse horário. Pelo menos não neste quarto.

— A Nicolle também está de olho no quarto de Monique — adicionou Sabriny. — Ela vai nos avisar se ver qualquer movimento.

— Vamos tentar ser rápidos, de qualquer forma — disse Ava. — Eu vou vasculhar aquele criado mudo, Briny, checa aquele outro ali, e Rogério, vasculha o roupeiro.

— Ainda acho inacreditável… — dizia Meiling, que acompanhava os demais — …imaginar que o Valdemir e Márcia estavam juntos, e ele falou daquele jeito com ela no primeiro dia.

— Bem… — começou Briny, enquanto revirava as gavetas de um cômodo — …como eu já disse antes, eu não sei dizer até que ponto estavam juntos, ou se ainda estavam.

— Ainda assim — disse Rogério —, muito estranho ele falar com ela daquela maneira. As coisas não devem ter terminado bem entre eles.

— Realmente — concordou Meiling —, do jeito que ele agiu com a Monique até agora, aposto que é um tremendo galinha!

— Fale baixo! — disse Ava —, não esqueçam que nós não deveríamos estar por aqui.

— Achei! — exclamou Rogério, segurando em mãos um livro com a mesma aparência que o que fora descrito por sua colega mais cedo.

— É esse mesmo — falou Ava —, agora vamos vazar daqui, antes que as coisas acabem mal.

Os alunos rapidamente colocaram as coisas de volta onde acharam, com exceção do diário de Márcia, e aos poucos deixaram o quarto de Valdemir, fechando a porta, como se nada tivesse acontecido. Haruna logo saiu de dentro do Quartinho.

— Haruna! — disse Meiling — O que você estava fazendo ali!?

— Não importa, eu explico depois — disse a jovem. — Briny, eu preciso que você venha comigo.

— Como assim, o que está acontecendo? — perguntou ela.

— O Philip precisa da sua ajuda, lá em cima.

— Vocês não deveriam estar lá — afirmou Rogério, se aproximando. — É proibido.

— E eu pareço que me importo? — disse Haruna, irritada, segurando a mão de Briny.

— Ei, ei, ei — interrompeu Nicolle. — Calma lá. Nós estamos no meio de algo aqui, algo que pode nos ajudar a descobrir o que realmente está acontecendo nessa instituição.

— Tá tudo bem — disse Sabriny, tentando acalmar os demais. — Haruna, eu confio em você. Pessoal, vocês podem investigar o diário, e conversamos depois.

Os colegas pareceram um pouco desapontados com o que estava acontecendo, mas concordaram. Eles levaram o diário para ser investigado na Biblioteca, enquanto Sabriny subiu a escada de mão do Quartinho em direção ao sótão atrás de Haruna.

A Biblioteca estava bagunçada, com várias caixas de novos livros pelos cantos e pilhas de livros no chão, algumas estantes vazias e cheias de poeira pintavam o local. Na mesinha de estudos, utensílios de limpeza e pastas com registros de locação de livros, visitas, e papéis tão velhos quanto a bibliotecária, lotava a superfície e impediam a visualização de todos, sendo assim, arredaram algumas pilhas no chão e sentaram em círculo no tapete da sala colocando o pequeno diário no centro.

— Acho que acontece por volta do dia 12 ou 13, no mesmo dia que teve o início das aulas — comentava Ava, folhando o caderno — Aqui!

A jovem abriu o diário na página do dia 13 de Fevereiro. Naquele dia, a professora descreveu estar animada organizando a Sala de Artes quando escutou Willy praguejando no Cemitério. Ao olhar pelas janelas, a mulher tomou um susto e se abaixou segurando o grito. O velho rabugento estava a enterrar um corpo decapitado, já em decomposição avançada, e xingando aos quatro ventos como odiava ter de limpar a bagunça dos outros. Márcia concluía as notas daquele dia com perguntas que faria ao velho zelador quando a sós.

Os alunos se olharam e ficaram em silêncio, ligando todas as pistas e entendendo o verdadeiro motivo do assassinato de Fevereiro.

— Eu achei que ele tinha uma paixão estranha pela professora — comentou Petra —, mas não era esse o motivo…

— Gente! Eu estou abismada com essa informação — exclamou Nicolle. — Estava crente que o galinha do Valdemir que tinha matado ela.

— Eu também fiquei surpresa quando li — disse Ava.

— Mas qual será o túmulo que ela estava falando? — refletia o rapaz.

— Deve ser um que dê para enxergar bem da Sala de Artes — sugeriu Mei —, então provavelmente um da entrada do Cemitério, não?

— Talvez devêssemos dar uma olhada pelas janelas da sala — concluiu Petra.

O grupo desceu as escadas e foi até a antiga sala da professora, onde acharam os quadros do trabalho em dupla da última aula, que secavam nos cavaletes. Observando o Cemitério do provável ponto de vista de Márcia naquele dia, concluíram que só poderia ser as primeiras fileiras de túmulos o que falava no diário.

— Quem foi o sortudo que perdeu a cabeça? — brincou Rogério.

— Não fale isso… — respondeu Mei com um semblante triste.

— Brincadeiras a parte, acho que deveríamos desenterrar um ou dois túmulos para tentar descobrir de quem era o corpo daquele dia — falou o rapaz.

— Realmente, isso pode nos ajudar a descobrir alguma coisa — adicionou Ava.

— Um trabalho um pouco sujo… — resmungou Nicolle.

Os acadêmicos foram até o Cemitério, e com as pás que acharam, se dividiram e começaram a cavar dois túmulos que poderiam ser do sortudo decapitado. As lápides possuíam os nomes de dois moradores da Academia que morreram no local em anos anteriores: o antigo diretor Daniel, assim como Allan, cozinheiro da instituição. Após dezenas de minutos de trabalho árduo e muita sujeira da parte dos alunos, eles conseguiram abrir os dois caixões quase simultaneamente.

— Inacreditável — disse Petra, levando as duas mãos à boca.

— Qual o significado disso!? — exclamou Meiling, indignada.

Para a surpresa dos acadêmicos que tomaram tal iniciativa, não era um dos cadáveres que estava sem cabeça, mas ambos. De acordo com as informações nas lápides, assim como o que os jovens haviam aprendido sobre a Academia no passado, nenhum dos dois defuntos deveria estar desta forma.

— E agora, o que fazemos? — se perguntou Nicolle.

— Agora… — sussurrou Ava. — Eu acho que não podemos parar por aqui.

❖❖❖

Ao entrar no sótão, Sabriny encontrou seu noivo falando com Virgilius e Lionel, em frente a um quarto previamente bloqueado que os acadêmicos apelidaram de Quarto Trancado. Ambos pareciam cansados, e todos caixotes de madeira e tábuas que bloqueavam a porta do quarto haviam sidos movidos para os lados. Com a chegada da moça, os dois voltaram suas atenções à mesma, que correu para abraçar seu amado.

— Diga, Haruna, o que você tem para me contar? — falou a noiva, olhando para a amiga.

— Estávamos procurando por mais pistas e respostas, e achamos alguns livros interessantes, assim como esse quarto — a moça das facas abriu a porta do cômodo.

O Quarto Trancado tinha em seu interior uma pequena estante, dois armários com portas de vidros, galhos de plantas velhas penduradas nas paredes, quadros com insetos e pequenos ossos, alguns livros grossos e desgastados com folhas de anotações e muitos frascos e potes de vidro por todos os lados.

Sabriny foi entrando e olhando alguns detalhes do local excêntrico, quando Haruna entrou e colocou sobre uma mesa de centro um livro de capa roxa.

— Acho que você deveria dar uma olhada nesse capítulo — indicou a Imperatriz.

“Capítulo 1 - A Divindade Ternura”…? — leu em voz alta o título.

— Desculpa, Briny — Haruna disse ao deixá-la para trás e trancar o cômodo.

— Que brincadeira é essa!? — exclamou a moça, tentando abrir a porta do quarto. — Haruna! Não gostei nem um pouco disso! Philip! Você concordou com essa sacanagem!? Me tira daqui!

Philip, Virgilius e Lionel olharam para a Imperatriz que colocou a chave do quarto em seu bolso.

— Haruna… — suspirou Philip, enquanto Sabriny continuava a bater na porta, do lado de dentro do cômodo. — Você tem certeza que precisamos fazer isso? Me dói o coração deixar a minha noiva sozinha lá dentro.

— Como eu já te expliquei, é o melhor para a segurança dela e de nós.

— Olha, entendo que o que nós encontramos é perturbador, e que ela realmente tem agido de forma estranha ultimamente, mas… não acho que isso está certo.

— Bom, se quiser ficar com ela, pode ficar, do lado de fora do quarto — respondeu a Imperatriz. — Lionel, venha comigo de volta para a Biblioteca Secreta. Virgilius, fique de olho aqui por um tempo, e depois vá chamar os demais, precisamos conversar sobre o que descobrimos.

— Pode deixar — acenou Virgilius.

Após a saída dos demais colegas, Virgilius se manteve com Philip por cerca de meia hora, e os dois conversaram com Sabriny, tentando acalmá-la e aconselhando-a a ler o livro que a Imperatriz deixara no quarto. Quando a mesma aparentemente começou a fazer o que lhe fora pedido, o rapaz desceu as escadas, com a intenção de achar os demais e chamá-los, como havia sido pedido por Haruna. No entanto, logo após chegar ao Quartinho, o Poeta Negro, como gostava de ser chamado, deu de cara com Monique e Valdemir.

— E o que você está fazendo por aqui? — perguntou o professor.

— Pensei que já tínhamos instruído para ninguém ir ao sótão — acrescentou a governanta.

— Er… er… — gaguejou o rapaz. — Nós… estávamos apenas lendo livros lá em cima.

— Você e mais quem? — questionou Monique.

— Me siga e eu te levo até eles — respondeu, tentando desviar a atenção dos mais velhos.

❖❖❖

— Mas o que diabos está acontecendo aqui!? — exclamou Monique, saindo pelo Pátio e avistando os acadêmicos que ainda estavam desenterrando defuntos no Cemitério da Academia.

Após a governanta ter se distraído com o que os outros acadêmicos estavam fazendo, Virgilius, que a estava guiando, rapidamente correu para dentro da casa novamente.

— Quer que eu vá atrás dele? — perguntou Valdemir, que estava com os dois.

— Não, depois a gente resolve — disse Monique, caminhando com passos rápidos em direção aos outros acadêmicos. — O que esses outros encrenqueiros estão fazendo é muito pior do que ler livros no sótão.

— Monique — interrompeu Petra, se aproximando —, tem um motivo para estarmos fazendo isso. Sei que parece estranho, mas…

— Estranho!? Vocês estão mexendo com corpos dos falecidos! Isso é horrível! Vão todos para os quartos! Já!

— Você não entende! — clamou Ava. — Nós estamos descobrindo que algo muito terrível está acontecendo por aqui! Olhe a sua volta!

A garota estendeu os braços, apontando para os diversos cadáveres desenterrados, todos decapitados.

— Qual o significado disso!? — reagiu o professor. — O que vocês fizeram!?

— Pessoal… — resmungou Nicolle.

— Nós não fizemos nada! — disse Rogério, segurando uma pá. — Eles já estavam assim, mas nenhum deles foi originalmente enterrado assim.

— Pessoal! — exclamou Nicolle, dessa vez apontando para o prédio principal da Academia.

Do Cemitério, olhando na direção em que a colega apontava, os demais acadêmicos conseguiram ver o que estava chamando a atenção de Nicolle. Em uma das janelas da casa, era possível ver Lionel, de pé, encarando os demais.

— O que ele está fazendo lá? — perguntou Petra.

— Eu acho que ele vai pular — disse Ava.

— Não! — exclamou Meiling. — Lionel, não pule! Nós gostamos de você!

Era tarde demais. Com um olhar já sem vida, o jovem de um metro e oitenta pulou em posição de mergulho com a cabeça apontada para baixo, dando de cara no concreto do Pátio. Os acadêmicos logo começaram a correr em sua direção para ver o que acontecera.

— Meu deus, o que foi isso!? — gritou Rogério.

— O que está acontecendo por aqui!? — clamou, caindo de joelhos, Ava.

— Este lugar só pode estar amaldiçoado — disse Nicolle. — O que levaria aquele rapaz a fazer uma coisa dessas?

— Só sei que eu já me cansei dessa Academia — disse Meiling, em prantos —, vou juntar as minhas coisas e me mandar daqui.

— Acho que não é má ideia todos fazermos isso — concordou Rogério.

Com o caos que estava acontecendo durante aquela noite, ninguém sabia mais o que pensar ou o que fazer. Monique que originalmente estava chamando atenção de Virgilius, e logo se deparou com o absurdo de múltiplos alunos estarem desenterrando corpos do Cemitério, agora tinha que lidar com o suicídio de um dos acadêmicos. Meiling e Ava correram para dentro do prédio, com a intenção de fazerem as malas e se mandarem na próxima manhã. Rogério, Petra e Nicolle, por outro lado, acompanharam a governanta até o corpo de Lionel, para tentarem descobrir alguma coisa. Valdemir preferiu ir atrás da diretora Júlia para informá-la de todos os eventos que presenciara na última hora.

Infelizmente, o rapaz que pulou não seria o único novo defunto a ser encontrado na penumbra daquela noite. No Corredor dos Assíduos, um corpo feminino se via deixado no chão, coberto por cinco facas. Uma maior, perfurando o estômago da vítima, uma no joelho direito, uma em seu braço esquerdo, e dois pequenos canivetes, enfiados em cada um de seus olhos castanhos. Sangue fresco escorria por todos os cortes, pintando de vermelho escarlate os azulejos do chão junto aos longos cabelos verdes da defunta que se espalhavam pelo mesmo.

O trono das terras onde a Academia se situava logo precisaria de um novo regente, pois a partir daquela noite, a Imperatriz Haruna Yvi só seria vista em quadros.

❖❖❖
Notas de Rodapé

É isso aí! Fique de olho no fórum “Academia da Carnificina II” para mais informações e discussão sobre o capítulo!

Apreciadores (6)
Comentários (7)
Postado 22/10/20 03:01

QUE CAPÍTULO FANTÁSTICO!!!

Eu ainda estou sem palavras para tudo o que eu li, foi orquestrado de maneira tão magnífica, que eu realmente não faço a mínima ideia de quem seja...Ó, querida Yvi, nós duas somos fantasminhas agora...

Nossas mortes serão vingadas, nem que mais pessoas tenham que perder a cabeça por isso!

Genial, amei esse capítulo, até consegui perdoar vocês por me matarem u-u

Parabéns!!!

Postado 22/10/20 03:09

NÃO ACREDITO QUE ME TRANCARAM EM UM LUGAR ESCURO E COM RATOS E AINDA MATARAM MINHA MELHOR AMIGA! Mas, calma, eu fiquei trancada lá até o final do capítulo?

Com trinta diabos, esse jogo está ficando cada vez mais insano! A situação caótica da Academia nesse capítulo ficou tão bem descrita que eu consegui ver com clareza todos os acontecimentos, mas não posso deixar de dizer que: mais um dia normal na Academia de Contos. Não entendi nada, a Flavia morreu, aí o Lionel morreu, aí a 6 morreu, a Elo queimou. MUITAS MORTES AAAAAAAAAAA!

Parabéns aos autores por esse capítulo incrível e bem construído. Agora, se vocês me dão licença, eu vou chorar por ter perdido a minha parceira do AC News... Saudades do que a gente não viveu, Flavinha :c VOCÊ SERÁ VIGANÇA, EM NOME DE DEUSA SABRINA, VULGO EU MESMA!

Postado 22/10/20 16:00

Tenho algumas teorias para a situação sinistra da Brinys. Espero que alguma delas seja a teoria certa.

Que capítulo frenético, meu povo. Muito tenso! Se eu fosse de roar as inhas, estaria fazendo com toda certeza.

Cada vez mais a coisa se complica e eu não sei o que pensar. Acredito que a Elo era inocente, no fim das contas. Isso me leva a crer que que matou a Mês foi a Monique. Que coisa, não?

E a Haruna morreu. Já esperava que ela fosse o alvo da vez. Tenho uma teoria para isso também, e acho que próximo capitulo vai dizer se eu estou com o pensamento certo. Bom, pelo menos ela morreu com as facas! Se fosse de outra forma, ficaria meio pistola aqui! Facas são o poder! Mané dardo de veneno ou pá de cemitério. O lance é faca, meu povo!!

Espero que a Brinys leve o AC News para a frente, com a ajuda do noivo. E que faça uma nota sangrenta e digna da pessoa da Haruna.

Muito bom, gente! Agora a investigação de verdade começa! Partiu vingar a Haruna!!! u_u

Postado 22/10/20 17:37

Gente, que capitulo foi esse?!

Se continuar morrendo gente por atacado a história termina em três capítulos...

Essa morte do Lionel foi muito estranha... E a questão é: por quê?!

Que capítulo mais intenso! Vc nem se recuperou de um susto e vem outro... Pessoal vcs se superaram...

Parabéns!

Só fica uma outra questão: o que de tão grave tem naquele livro pra fazer o noivo se separar da Sabriny?

Aguardando o que vem por aí...

Postado 23/10/20 16:19

Só posso concluir nesse capítulo que além de vcs votarem super mal e eu morrer tristemente sendo queimado os assassinos fizeram um movimento errado e mataram a bruxa da Academia!

Capítulo frenético <3

Postado 24/10/20 16:30

Para começar muito bem começado, Monique e Valdemir confirmando o que estavam fazendo hehehehe

Pobre senhorita Mês... morta e decapitada, esse jogo é muito cruel ;-;

(Estou bugada? Estou achando ruim uma morte genial dessas? A Doença diminui quando se trata de nossos amigos tão queridos...)

Ô poxa, é nessas horas que o Diablair faz tanta falta, ele que devia estar me carregando desmaiada... não esse professor tarado, grrr

Ops, erro no capítulo, a Jovem MAJESTADE foi enterrada no Cemitério, pois a Soberana sou eu!!

O legal é que descobrimos que estávamos certos em votar no Willy como assassino, ele queria calar a boca da Márcia!

Lionel e Haruna estavam juntos na Biblioteca Secreta, isso pode ter algo a ver com a morte deles!

Ué, que medo, o que será de tão embaraçoso que eu estava fazendo no meu celular e fui interrompida antes de contar? Kkkkkkkkkkk

Nicolle cavando túmulos? O mundo vai acabar, adorei ler isso hahaha

Hmmmmm e então os cadáveres para a Diretora Júlia são apenas as cabeças? Que bizarro... que interessante... rsrs

Nossa, esse final me deixou muito triste... A Flávia me enganou muito, tinha horas que eu pensava que era assassina, depois pensava que era acadêmica, depois assassina de novo, e depois acadêmica novamente... Já o Lionel sempre pensei que fosse acadêmico...

Duas tristes mortes... Mas o capítulo está lindo! Perfeito! Maravilhoso! Eu agradeço imensamente aos envolvidos na escrita <3

Dan e Shizu estão de parabéns pela excelente qualidade dessa história <3

Um grande abraço <3

Postado 26/10/20 00:29 Editado 26/10/20 00:30

Não costumo comentar muitas coisas, mas foi impossível não falar nada neste capítulo, acho que desde a primeira temporada, esse foi o melhor capítulo dessa saga toda até agora. Gostei bastante da dinâmica de dividir os personagens em vários núcleos de investigação e a continuação da noite em que a Srta. Mês passou dessa para um plano superior (eu espero), o clima de tensão nesse capítulo foi bem pálpavel.

Nessa altura da dinâmica (e olha que acabamos de começar), acho que as coisas estão chegando no ápice. O que achei bastante engraçado (e não é uma crítica) é o fato da Petra não comer nada da horta por causa do cemitério mas ir CAVAR no CEMITÉRIO atrás dos corpos sem cabeça KKKKKK e ainda levou as mãos à boca. Se o corona não a levar, alguma bactéria esquisita com certeza o fará :v

Quanto aos mortos, realmente uma pena. A academia agora tem uma crise de sucessão, visto que a ficha da vítima diz que os sucessores ao trono morreram antes dela. Como diriam os políticos brasileiros: Deus tenha misericórdia dessa nação! (E não teve porque foi só ladeira abaixo q). Lionel, coitado, muito azar né. Uns 10 participantes e ele escolheu logo a morte auhsusu

Excelente capítulo! Ansioso pelo desenrolar das coisas.

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