Eu perco lentamente
a minha vontade de estender a mão aos céus
quando quero segurar minhas lágrimas.
Lentamente some
minha vontade de gritar de alegria,
ou de dançar na vitória.
Devagar, mostrando seus atos,
a tristeza me consome
e me desmonta por dentro.
Sem pedir,
enrola todos os fios,
me faz tropeçar por todos os caminhos.
Fecha as portas,
bate-as sem porquê,
corre para o outro lado, ao me ver.
Me perde,
consome o combustível,
com besteiras deploráveis.
Chega e sai, quando bem quer,
não se importa com alguém,
seu nome
Solidão.