As tuas lanternas de verde crepúsculo
atravessaram meus olhos, meus poros,
e trazendo-me estrofes, belos coros...
Trêmulo! Me deixaram fraco músculo.
Em confronto, esforço fiz. Maiúsculo
pretexto para alguns versos sonoros.
E perco-me ante o brilho de teus Hórus...
Belos sóis fazendo-me vil, minúsculo.
Ah! Se pudesse minha lira soar,
na cera das asas de Ícaro a voar
- honrado cairia ao chão dos lindos pés
Que trazem dor de tão triste segredo...
De por todas as vezes cair, sem medo,
queimando-me aos sóis deste Nume que és.