aprisionada
Pequena Estrela
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 24/04/19 19:55
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 57seg a 1min
Apreciadores: 3
Comentários: 4
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Palavras: 152
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Não recomendado para menores de dez anos
Notas de Cabeçalho

apenas apreciem, não tenho muito a dizer. "

Capítulo Único aprisionada

aprisionada nos próprios medos

nos próprios traumas

no próprio estilo de vida

ela se sente incapaz

não se acha nada demais

por isto fica contida.

ela bem que queria, mas ao mesmo tempo não sabia.

se era isso que queria, ou se poderia.

se sentia como uma bolha de sabão, ao mesmo tempo cheia e vazia.

queria amar, mas tinha pressentimento ruim.

um medo que a ensinaram te depois de tanta desgraça por ai

ela acha o amor uma armadilha, como as de urso, que se prende a perna ao nela cair.

não queria carregar a responsabilidade de amar, de se manter a alguem cativa.

ela se considerava bem sozinha

mas ao mesmo tempo, achava que precisava de companhia

um "puta" paradoxo, sem lógica ou sem pé nem cabeça

todos diziam, mas ela não tinha certeza ainda.

se era apenas "neura" ou se era o destino que queria que ela morresse sozinha.

❖❖❖
Notas de Rodapé

é isto childs.

Apreciadores (3)
Comentários (4)
Postado 24/04/19 20:37

Se todas as pessoas que se sentissem assim se juntassem, não ficariam sozinhas nunca rs

Tão reflexivo, que a pausa para respirar é necessária. Mas de acordo com as minhas crenças, ninguém nasceu para viver sozinho. Ninguém mesmo. Todos merecem o amor e o conforto, a paz de espírito sabe?

Essa autocondenação que é o problema, talvez se livrar totalmente seja difícil, mas amenizá-la será um ótimo jeito de aproveitar as oportunidades.

Postado 25/04/19 08:25

Com o tempo talvez, as coisas mudem e tudo se amenize e fique melhor, tudo nesta vida é uma fase ou quase tudo. Espero que isto passe e que pessoas que se acreditam indignas do amor, achem o seu amor e amem incondicionalmente

Postado 24/04/19 21:21

A vida se transforma numa armadilha pura quanto não nos damos conta que as possibilidades de perda vêm embutidas e (por mais clichê que isso vá parecer) essa efemeridade nos deixa mais preciosos, mais frágeis, mais humanos.

"aprisionada nos próprios medos"

"ela acha o amor uma armadilha"

Uma senhora constantemente me fala sobre o nosso condicionamento, os traumas e as defesas (que muitas vezes inconscientemente) construímos, as máscaras que nos observam através dos olhos dos outros e dos nossos: somos capazes de atuar em nosso próprio palco - o corpo? Somos capazes de nos erguer da areia-movediça em nossas contradições e romper uma concepção moldada com as mãos de dias cinzas e devoradores? E por que deveríamos fazê-lo?

Eu considero nossas contradições férteis e preciosas. Além disso, penso que deveríamos ouvir cada fragmento delas: não persistir numa única perspectiva já que a solidão também pode ser sentida como uma armadilha. Oh bem, um dia somos rainhas, somos imensas e cada defeitinho é uma peça bonita que nos faz sorrir defronte o espelho. Noutro instante, nos enxergamos com uns olhos de descrença e acho que isso também não deve ser repudiado. Destas tensões talvez venhamos a descobrir pistas de quem somos ou podemos ser.

Postado 24/04/19 23:30

Que devo eu dizer? Como posso explicar algo tão reflexivo e pessoal? Apenas posso dizer pelas minhas próprias experiências: o amor é um risco, amar é ir de peito aberto para o campo de batalha.

Mas não amar por medo, isso sim é verdadeiramente triste. Ninguém, nem a pior pessoa do mundo, merece a solidão

Postado 02/05/19 18:33

Às vezes construímos muros ao nosso redor para nos defendermos de situações que de alguma forma marcaram a nossa vida, mas com o tempo a gente aprende que vale muito tentar algo outra vez... e outra vez, afinal de contas tudo muda e nós também somos indivíduos em constante mudança. O seu texto me fez lembrar uma frase do C.S Lewis que ele disse que "amar é sempre ser vulnerável".

Postado 02/05/19 20:44

Eu pensei demais em C.S Lewis enquanto escrevia, essa coisa de amar nos tornar vulneraveis é um fato, quando amamos, ignoramos tudo ao redor, até mesmo uma dura verdade.

E é claro que você está certa, um dia o muro da insegurança e do medo terá que cair, e quando este dia chegar, será um dia de recomeço e felicidade.

Valeu pelo comentário <3