Meu primeiro amor.
vhladrac
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 15/09/20 22:46
Editado: 15/09/20 22:47
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 3min a 4min
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Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

Bom gente, eu fiz esse "desafio" com umas amigas, e tem alguns textos que achei que ficaram bem bacanas, decidi publicá-los!

Caso interesse a alguém, posso mandar a lista de temas que criamos!

Não sei se vou postar todos aqui, não sei se vou seguir uma ordem!

Esse é o primeiro tópico: escrever sobre o primeiro amor.

Espero que vocês gostem! Boa leitura!

:)

Capítulo Único Meu primeiro amor.

Acredito que existem vários tipos de amor e várias formas de amar, mas como a primeira coisa que veio em minha cabeça de romancista foi meu primeiro amor envolvendo romance, é sobre ele que irei falar. Meu primeiro amor foi um tanto quanto útil para que eu entendesse logo de cara o que, para mim, realmente significa amar alguém. Tendo como trilha sonora a música Meu Erro dos Paralamas do Sucesso, podemos notar que não teria como dar certo.

Ele veio por volta dos meus dezesseis anos e foi uma sensação um tanto quanto estranha, em um primeiro momento eu não queria estar apaixonada, dias depois eu chorava no intervalo da escola ouvindo a tal da música. Houve uma aproximação mas não foi, nem de longe, um amor recíproco; foi mais uma amizade adolescente onde nos encontramos e conversamos decentemente pela primeira vez em uma festa, teve violão, pizza, a tal da música e uma garota emocionada. Eu estava me apaixonando, ela estava curtindo enquanto se apaixonava por outra pessoa.

Tenho boas lembranças dessa época, foi uma amizade muito boa; a família dela gostava de mim e a minha gostava muito dela. Nós íamos para festas, aulas e, principalmente, para o cinema juntas, foram bons tempos; eram os olhos verdes mais bonitos que eu já havia visto.

Como tudo na vida de uma adolescente fã de Lana Del Rey, não poderia faltar o drama do romance; com o tempo nos afastamos e eu vi que o que ela sentia pela outra pessoa crescia cada vez mais e que eu não seria – e nem deveria ser – suficiente para mudar aquilo e virar sua atenção para mim. E em uma manhã de um sábado, depois de pensar muito eu decidi me libertar de toda aquela sensação estranha que me cercava há meses, decidi que estava na hora de deixar ela ir e, principalmente, me deixar ir.

Não foi nada fácil, chorei por uns três dias, tive minhas recaídas mas sobrevivi. Eu nunca tive dificuldade alguma em entender que as pessoas vão e vêm, como as estações do ano; algumas te esquentam o coração, outras te fazem florescer, tem aquelas que te fazem perder partes de você e as que te congelam com tamanha indiferença, mas durante essas experiências todo aprendizado é válido. Então entendi um dos meus significados de amor, amar ela não significou tê-la, mas sim entender que ela, assim como eu, era livre para amar. Não houve mais a emoção com a tal da música, não houve poemas nem pinturas melancólicas, só o fim.

Foi um acontecimento que me trouxe várias coisas positivas: eu aceitei que estava gostando de uma garota e fortaleceu minha relação com minha mãe, que me apoiou e compreendeu muito bem, me ajudou a entender que, às vezes, é melhor deixar as pessoas irem. Hoje quase não nos falamos mais, acredito que não nos sentimos falta, está tudo bem; para um primeiro amor eu aprendi muito.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Espero que tenham gostado! Gratidão!

:)

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Postado 20/09/20 15:30

Senhorita Thaís...

Eu estou me sentindo profundamente emocionada com esse seu texto, pois fui tomada por emoções e sentimentos que vieram com toda a força em minha mente...

Me identifiquei muitíssimo com essa sua situação de amor. Eu amei muito uma menina, ela foi o meu segundo amor. (O primeiro foi um homem, inclusive tenho um poema falando sobre ele, "Eu não quero te esquecer").

Então entendo perfeitamente essa sensação de ser apenas uma amiga, de ver a menina amada ir se apaixonando por outra pessoa (que provavelmente era um menino), e sentir que a amizade estava cada vez mais por um fio...

Mas é muito difícil, e muito doloroso esse processo de deixar ir... Porque é difícil deixar o ser amado ir, mas também é difícil se auto deixar partir, que é uma parte muito importante da superação.

Gostei tanto do modo como a senhorita descreveu tudo que aconteceu, seu texto transmite um amor e uma dor enormes, para no final transmitir uma sensação de bem estar, de aceitação, de entender que a vida infelizmente é assim e que algumas pessoas vêm, enquanto outras vão embora...

Te agradeço imensamente por ter postado esse texto aqui, mocinha Thaís!! Linda lembrança que você tem dos olhos verdes dela... Eu tenho a lembrança de olhos azuis... caichinhos dourados... abraços quentinhos... e uma amizade terminada quando eu tomei coragem e escrevi uma carta de amor para ela... E você, chegou a confessar seus sentimentos para ela?

Um grande abraço, com muito carinho <3

Postado 20/09/20 22:10

Olá, senhorita Mei! Fico lisongeada por saber que lhe emocionei, do fundo de meu coração! E olhe só, temos várias semelhanças!

Bom, escolhi não me declarar e nem comentar sobre o assunto pois a pessoa que ela gostava (que sim, era um menino) também foi um amigo meu e gosto muito de ambos, não queria atrapalhar algo por meus caprichos.

Fico feliz em conseguir transparecer o amor, a dor e o alívio, pois isso foi exatamente o que eu senti no decorrer disso tudo, hoje só me restam as lembranças do que um dia achei que seria tudo para mim!

Eu que lhe agradeço imensamente!! Adoro seus comentários, agradeço imensamente todo seu apoio e carinho de sempre!!

Um grande beijo e um abraço afetuoso!

:)

Postado 05/10/20 19:26

O amor é liberdade, assim como aprendizagem. Ele é dor, na mesma medida que é a cura. Engraçado essas contradições amorosas, onde nós nos destruímos na mesma medida que nos reconstruímos. Se apaixonar é o eterno ciclo de errar e acertar, cair e levantar. O amor nos paralisa, mas nos move e, muitas vezes, nos move em direção a outro amor.

A narradora desse conto é a gênese da alma humana em sua forma mais latente. Há nessas palavras todos os aspectos em se apaixonar por alguém, assim como as consequências de tal acontecimento. Ler essas palavras é como fazer uma leitura da própria alma, onde o leitor consegue visualizar com maestria o seu primeiro amor. Pensamos que nunca iremos superar, depois dói e depois deixamos a pessoa ir em um ato poeticamente melancólico que, mais a frente, nos trará um profundo ensinamento.

Além disso, a temática LGBT na obra é a "cereja do bolo". O amor é livre. Ele não escolhe gênero, cor, status social... quando verdadeiro, ele é só o amor. E isso é lindo de se ver. É muito interessante ver o trajeto dessa paixão e os aprendizados que ela trás.

Nem preciso dizer que amei as referências musicais na obra. Foi como ler um conto com trilha sonora kkk.

Obrigada por compartilhar conosco essa obra magistral!

Meus parabéns, Thais ♥

Postado 06/10/20 00:16

O amor é um excitante paradóxo! Viver em seus altos e baixos é o que o torna ainda mais mágico, ele ensina a criar, transformar, destruir, renascer... por isso é um sentimento de tamanha importância!

Fico feliz por ter conseguido transmitir a mensagem, muito obrigada, Sabrina! Quando superado e amadurecido, o primeiro amor pode se tornar uma lembrança cheia de ensinamentos e emoções!

Haha, olha, agradeço imensamente por ter tido como minha primeira expêriencia amorosa uma garota, isso abriu minha cabeça em relação a liberdade do amor muito cedo e foi algo revolucionário na minha cabeça adolescente!

Que bom que gostou! Muito me agrada!

Obrigada pelas incríveis palavras, e sou eu quem deve agradecer pelo apoio na obra!

Beijos, Sabrina!

Gratidão!

:)

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