Rebeca tem 17 anos, casou com um bunda mole aí, que não quis assumi-la quando descobriu que estava grávida de um filho seu, deu no pé e a deixou sozinha.

Sem ter o ensino médio completo, Beca decide voltar aos estudos e tentar concluir antes de seu bebê nascer.

Morando na casa de seus pais e com a consciência de que teria de dar um futuro melhor a seu filho e a si própria também, ela decide procurar um serviço, porém como está grávida e onde mora é uma cidade pequena onde praticamente todos se conhecem, o serviço foi água abaixo. Mas sua força de vontade era maior do que a opinião dos outros e ela não desistiu.

Passaram-se 5 meses e ela descobriu que era uma menina. Contou a suas amigas e foram juntas comemorar. Foram em um bar próximo a sua casa, por lá Beca conheceu um cara que se chama Ricardo e que imediatamente veio até ela conversar e dizer que ficou encantado ao vê-la

Só que a autoestima de Beca estava um lixo, devido ouvir tantas babozeiras de pessoas que nem a conhecem direito e tem o prazer de deixar seu próximo desanimado e triste. Com isso ela começou então a pensar que nunca homem algum iria quere-la com um filho por nascer.

Aquele homem se aproximou dela, conversou daqui, dali e então a convidou para um outro dia saírem somente os dois, em um lugar onde pudessem se conhecer melhor. Duvidando de que poderia ser verdade, trocaram seus números de celular e começaram a se falar todos os dias. Ela lhe contou tudo o que havia se passado e então combinaram de se encontrar.

Passaram-se 4 meses e ela foi ganhar o bebê, e o cara do bar?

O cara do bar estava lá, do lado dela. Dando força, amor e tudo o que um pai de verdade deve fazer.

E o pai de sangue da criança?

Nunca mais deu as caras.

Passaram-se 2 dias, com uma linda menina em seus braços foram para casa.

Passando-se uns meses, Beca se formou no ensino médio e com sua filha no colo ergueu o certificado de conclusão e muito além disso, abriu várias portas ao seu futuro. E o cara do bar sempre ali, a apoiando e ajudando-a seguir em frente.

Então com alguns dias se passando, é chamada para uma entrevista de trabalho.

Após alguns meses trabalhando em seu novo emprego, eles decidem ir morar juntos e não depender mais de seus pais. Então alugam uma casa. Tudo começa a se encaixar, eles deram certo, suas vidas começaram a melhorar e eles não desistem de lutar, afinal tem uma família juntos.

E você sabe o que a sociedade pensa disso?

Ela teve muita sorte.

Foi sorte ter conseguido se formar sendo que estava prenha.

Foi sorte ter encontrado um cara legal assim. Não sei o que viu nela.

Foi sorte eles terem conseguido sair da merda que estavam.

Puta do jeito que é, só podia engravidar com 17 anos mesmo.

Primeira trepada e pimba.

Vai ser uma e duas e ele não vai aguentar o fardo de ter ficado com uma mulher com filho e vai saltar fora.

Mal terminou com o pai da criança e já arrumou outro macho para sustentar ela.

Mas em hipótese alguma, essa sociedade de merda, que fala tudo isso e muito mais te ajudou em alguma coisa.

Eles nunca pararam para pensar que um filho da puta abandonou ela quando descobriu que teriam um filho.

Eles jamais pararam para pensar que mesmo grávida você nunca desistiu.

Tudo se torna uma crítica até mesmo nas melhores coisas que você faz.

E sabe por que?

Porque quando o mal corroe a mente das pessoas, tudo o que você luta e corre atrás, se tornará "sorte sua".

Então mulher, independente do que te aconteça, ergue essa cabeça, diga um foda-se e segue tua vida.

E se der errado de novo?

Levanta do chão e começa tudo novamente.

Você é melhor do que imagina e mais valente do que os outros te intitulam. Começa do zero quantas vezes forem necessárias até dar certo e o resto que se foda.