No princípio, havia apenas uma pequena salinha, nela todos deveriam entrar ao menos uma vez, quem entrasse teria calor à vontade, contanto que mantivesse a lareira acesa no cubículo, suportando a ardência penetrante da fumaça nos olhos, pois lá não havia sequer uma chaminé para evacuá-la. No entanto, após algumas horas, o sujeito deveria retirar-se e abandonar o fogo, retornando ao seu estado anterior: neutro e insensível. Apesar da circunstância, existia outra opção, entrar e ignorar a chama, isto é, deixá-la apagar, ou simplesmente abafá-la com as próprias mãos e, assim como antes, regredir à neutralidade e à insensibilidade. Porém, ao analisar as alternativas, qual mostra-se como a mais razoável? Existe equilíbrio entre o prazer do calor e a angústia da ardência ocular? Ou seria sensato abandonar o cômodo antes do tempo limite, consequentemente, livrando-se da aflição, bem como, do agrado?