Houve épocas em minha vida que vivi angústias. Por causa delas sofri bloqueios literáros. O que me levou a jejuar de escrita literária. Não que se eu escrevesse eu poderia ser salvo. Decerto a arte da escrita salvou muitos. Mas a mim o jejum literário fez bem. Assim pude lidar com meus problemas e resolvê-los. O melhor de poder resolver meus problemas sem acusar ninguém ou nenhum outro acontecimento me levou ao ponto em que estou hoje. Feliz. E quando escrevo lido só comigo. Assim evito ter uma imaginação que cause mal. Penso que consigo isso. Agora venho de uma formação de leitura que me faz sensível não só à palavra. Sensível também aos mais fracos de espíritos. E vou imaginando estórias. E Deus existe, eu creio em Deus. Os mais fracos de alma eu não sei o que os leva a certos desatres pessoais. Então imagino. Espero não fazer mal a ninguém. Estrear no papel impresso, só por prazer. Então quando me perguntam, eu respondo: "Eu escrevo porque gosto." Que ter meu conforto pessoal eu o conquistei trabalhando e sendo uma pessoa do bem. E aqui estou, escrevendo. Então quando a empregada aqui de casa me pergunta, eu digo: "Deus recompensa a quem tem fé." Conheço poucos escritores vivos. E até os mortos conheci poucos. Esses todos de que falo, os vivos e os mortos, eram escritores que como pessoas eram muito simples. E a simplicidade sem miséria fazia deles pessoa agradáveis. Com quem eu passava horas conversando. Me ajudou muito a ter imaginação sem adoecer. E para finalizar, desejo a todos um FELIZ ANO NOVO.