O dia para mim começou cedo. Peguei um livro e passei as páginas lendo por acaso aqui e ali. Não me interessou de imediato. Então eu o devolvi às estantes. Vi um pouco de televisão. Pensei que eu estava enfastiado. Mas não, vim e consegui escrever um conto. E fiquei pensando. Para os mestres do conto qualquer matéria é matéria para um conto. E fiquei pensando: bem quisera eu que para mim também. Ainda chego lá, se nada me impedir. Porque como dizem os religiosos, somos frágeis. Deus me proteja.
Mas as matérias dos contistas se compõem essencialmente de palavras. As palavras são as que narram, sob a batura do contista. Por isso o contista deve se exercitar seriamente. Porque quando ele está com a batuta, que hoje em dia é a caneta, ou são os dedos no teclado do computador, tudo corra bem.
Se tudo corre bem, ele terá sucesso. Mas não digo sucesso como ser vendido bem. Digo sucesso dele conseguir o resultado que ele quer. Se o que ele quer vai agradar só Deus sabe.
E meu caro leitor de diário, agora vou me exercitar.