Meu pai gostava de automóvel nos anos 60 (já eu, desde aquela época, não curto). Com base nesse dado eu construi meu conto TEMPO DE MENINO. Memórias da minha meninice. E assim posso dizer que um conto é dono de si mesmo. Se faz de qualquer matéria o conto. Talvez por isso Mário de Andrade tenha dito: "Conto é tudo o que o autor chama de conto."
Mas na verdade tendo um princípio e um fim, aí está o conto. Não sei muito se posso dizer assim. Teorizar sobre o que eu escrevo é-me difícil. Eu teria que ter tempo para estudar o que escrevi. Ou talvez eu mesmo teria que achar muito interessante o meu escrito. E isso não é baixa alta-estima. Porque eu gosto do que faço. O que torna diferente o estudo do que faço do gostar do que faço.