Eu estava com saudades de ler seus poemas, moço. Admito que não tinha conhecimento sobre a lenda, e mesmo com a breve (e muito boa, diga-se de passagem) descrição, ainda assim resolvi procurar um pouco sobre. Não me arrependo, porque tive um outro olhar sobre essa linda obra.
Uma coisa que chamou a minha atenção foi a estrutura do poema. É como se as próprias estrofes demonstrassem a decadência do eu-lírico; um pulo de misericórdia. Aliás, não é assim que nos encontramos muitas vezes? O balanço citado no início pode ser comparado com os momentos de reflexão, tão solitários como a própria noite adentro. É nesses momentos que pensamos em tudo. É nesse momento que colocamos na balança todas as incertezas e quimeras.
As dúvidas do eu-lírico e o seu estado é de fato entristecedor, pois, como dito na segunda estrofe, há males que se curam. Podemos interpretar que esses "males" sejam os físicos e no organismo, doenças, cortes, machucados... Todavia, mesmo que esses males se curam, há uma marca constante e incurável no âmago... Na alma já possuída.
O que mais? Parabéns, Lucas! ♡