Como leitura obrigatória daquele ano de 1920, Frankenstein: or the Modern Prometheus foi lido por toda classe da sexta série, considerando que o colégio dispunha somente de três exemplares do livro e que foram alternando entre os 39 alemãezinhos da sala.
Todos que leram adoraram o livro por maior parte porque tinha um monstro, entretanto um lourinho da primeira fileira provou ser o aluno da sala com maior intelecto por apreciar não apenas a criatura, mas também Victor Frankenstein, no qual se espelhou até morrer em solo brasileiro.
Entre 1933 e 1945, o lourinho queria mais que três exemplares em todas as escolas da Alemanha e viu isso menos distante na ideologia de Hitler e em seu discurso nas ruas. Seguindo-o, ele conseguiu trabalho nos laboratórios nazistas e realizou incansáveis experiências atrás de criar o soldado alemão perfeito, decepando incontáveis corpos e os costurando num só. Ao acordar com sons ensurdecedores, o alemão hasteou o seu monstro para uma abertura no teto pensando ser uma noite de trovoadas e raios, mas, quando olho pro céu, não acreditou nos bombardeiros americanos e seus barulhentos motores sobrevoando intrepidamente as nuvens negras sendo pilotados por corações únicos e inabaláveis.