– Acho que não há mais porque ficarmos aqui. – seus olhos amargurados me encaram, vários pensamentos vem à mente, mas só me resta confusão. – Não há mais porque ficarmos.
Você desiste de mim e eu percebo: já não tenho mais ninguém. Nem a mim mesmo.
Pois eu já tinha desistido disso há muito tempo. E, quando penso que ficarei sozinho novamente, a solidão vem me fazer companhia.
A tristeza que me preenche já é corriqueira, ela vem rápida, com uma grande colisão. E fica, por muito tempo, como uma lesão. Sempre deixando cicatrizes a cada vez que vai embora.
Eu sorrio, já acostumado. Nem dói mais, porque há muito tempo eu não sinto nada. E pelo visto só vou sentir quando a tristeza me possuir.