Foi quando eu pretendia ser escritor. Um amigo me indicou um dos veteranos na escrita que ele conhecia.
Eu, imediatamente, escrevi para ele. Esperava a resposta do escritor veterano.
E chegou uma carta dele. Que dizia:
"Mande-me alguma coisa sua. Eu lerei e verei aqui o que posso fazer."
Eu logo comprei envelopes. Fiz a embalagem. E no dia em que eu pretendia ir aos correios, me atrasei.
Claro, os correios tem hora de abrir e fechar. Liguei logo para um amigo.
O amigo do outro lado da linha telefônica, falou:
- Já vou pegá-lo aí em sua casa.
Eu já estava pronto. E o amigo chegou.
No caminho íamos conversando. Contei para o amigo que estava postando alguma coisa minha,
- Mas, por que a pressa?
- É que fazem dias que o veterano espera coisa minha.
- E você tem coisa publcada? - indagou o amigo.
- Tenho.
O amigo ouviu e me contou que estava surpreso.
Com o que? Com o fato de eu escrever.
Então ele perguntou:
- Você é escritor?
Eu respondi:
- Não de todo. É que eu comecei tarde.
E o amigo:
- Dito assim, que começou tarde, é poesia.
- O que é poesia? - eu perguntei.
- Que começou tarde.
E eu ri e o amigo riu. Chegamos nos correios à tempo.
Pude postar meus envelopes. E logo eu e o amigo estávamos lá em casa.
O amigo entrou comigo lá em casa. Eu o convidara. E bebemos alguma coisa.
E ambos relaxamos. E nos rimos.