Quando morava e trabalhava no interior, sempre trazia um presente para os meus irmãos. Aquilo durou um bom tempo de minha vida.
Até que veio a minha transferência para a capital. Na capital era onde morava minha família.
Todos me receberam bem. Até um primo com quem convivia pouco.
A minha mãe tinha que trabalhar. Ela me indicou um quarto.
Ali podia dormir. E descansar. Eu acordava cedo e ia para o trabalho.
Mas ganhava pouco. Isso não era culpa minha.
Mesmo assim, quando podia dava um presente para os irmãos.
A mãe sozinha tocava reformas na construção da casa.
Até que a mãe fez a última reforma.
A casa ficou pronta. Os irmãos já tinham ido para o mundo do trabalho.
Celebraram todos num domingo a casa reformada.
A casa parecia nova. Eu me alegrei muitíssimo.
E de novo fui mandado para o interior.
A mãe chamou todos e disse:
- Ele ganha pouco mas tem boa vontade.
Eu era eu mesmo. E sorri, a mãe era amiga.
E de repente eu cansei daquela vida. De estar sempre no interior.
Longe dos meus. Então fiz umas provas para trabalhar na capital.
Que era onde morava a mãe e os seus irmãos.
Aprovado, lá fui. Mas antes notifiquei a mãe. Ela me escreveu:
"Pode vir;"
Eu cheguei. A mãe então disse a todos, eu presente:
- Ele é responsável, bom filho e bom irmão.
E eu pus-me a trabalhar na capital. Nas minhas primeiras férias um irmão me convidou:
- Quer ir comigo tirar estas férias na praia?
E lá fomos nós. E voltamos contentes do passeio na praia.
Eu escrevi no meu diário:
- Que eu quero mais, do que este reconhecimento amigo?