Avançando nas semanas seguintes, Yudi enfrentava não apenas as dores físicas, mas também o peso das visões que invadiam sua mente. As imagens das terras geladas tornavam-se mais nítidas, e a figura do Warg, agora mais presente, sussurrava seu nome nas sombras dos sonhos.
Numa noite tormentosa, Yudi descobriu uma marca brilhante estampada em seu antebraço — o símbolo de uma runa ancestral, idêntica àquela registrada pela Organização, ligada à bruxa Embla.
Ao investigar, percebeu que carregar essa marca era um elo vivo entre passado e presente, capaz de invocar a besta ou representá-la no mundo humano. Seus sentimentos por Tony intensificavam sua determinação, mas também revelavam sua vulnerabilidade.
Enquanto isso, nas profundezas da base secreta, Evil despertava lentamente, relembrando fragmentos de seu antigo reinado e da ambição imortal que o consumia. Sabia que sua força ainda era incompleta, pois o Warg vagava entre carne e espírito.
Das sombras emergia uma nova personagem: Freya, jovem descendente dos caçadores nórdicos, guardiã de segredos ancestrais e inimiga jurada da criatura. Ela chegava à Babilônia com um propósito claro — destruir o Warg antes que o Mal recuperasse todo o seu poder.
O confronto final se aproximava: o poder ancestral do rei renascido, a fúria da besta e a coragem dos que ousavam desafiar a maldição.
À medida que a noite caía sobre as ruínas da antiga Babilônia, Yudi, marcado pela runa, encontrava-se frente a frente com Freya no coração do templo de Ereshkigal. Ela o alertava sobre os perigos iminentes, enquanto Evil recuperava lentamente sua força sombria.
O Warg, agora uma fera ainda mais selvagem, emergia das sombras com um uivo aterrador que fazia tremer o chão sagrado. Yudi buscava uma conexão ancestral, tentando dominar a criatura. Freya invocava um amuleto nórdico, disparando luz e magia que enfraqueciam momentaneamente a fera.
No auge do confronto, Yudi usava sua ligação com o Warg para conter sua fúria, enquanto Freya enfrentava Evil, cujos olhos brilhavam com uma fúria imortal. Na batalha, Yudi compreendeu que a única forma de romper a maldição era aceitar o lado sombrio do Warg — sem perder sua humanidade.
Com um último esforço, uniu sua essência à da criatura, silenciando seu uivo no mundo. Ao mesmo tempo, Freya aprisionava Evil nas sombras, usando runas e selos mágicos que jamais poderiam ser quebrados — pelo menos, não por enquanto.
A calma retornou à Babilônia. Mas a maldição permanece adormecida, à espera do momento certo para despertar. Yudi, agora guardião do segredo, sabia que a história do Warg ainda não havia terminado — e que o mundo jamais descansaria enquanto o gelo nórdico continuasse a guardar seus mistérios.