Perseguidor Noturno
Rayana Monteiro
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 11/10/16 19:55
Editado: 12/10/16 16:21
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 2min a 3min
Apreciadores: 7
Comentários: 2
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Palavras: 364
Este texto foi escrito para o concurso "Concurso de Halloween" No Concurso Oficial de Halloween da Academia de Contos, apoiado pela DarkSide Books, convidamos os participantes a escreverem textos no estilo "creepypasta", ou seja, obras detalhadas de terror escritas com o objetivo de assustar os leitores e deixá-los se perguntando o que é real e o que é ficção na história. Ver mais sobre o concurso!
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Perseguidor Noturno

Finalmente chegou o grande dia! Meu aniversário de quinze anos! Não podia perder tempo. Levantei-me rápido e comecei a me arrumar, quando ouvi passos se aproximando da porta do meu quarto.

Eu estava sozinha e podia ouvir uma estranha canção cantada por crianças, vozes monótonas e tristes. Senti uma estranha sensação. Tudo estava me parecendo obscuro, amedrontador. Senti que estava sendo observada. Meu quarto, meu refúgio, agora parecia abrigar alguma coisa. Caminhei em passos lentos, a canção estava ficando cada vez mais próxima.

Foi então que eu o vi. Não parecia com nada que eu já tivesse visto antes. Lançou-me um sorriso sarcástico e um olhar cruel. Tinha luvas nas mãos com uma espécie de garras afiadas e terrivelmente assustadoras. Seu rosto parecia ter sido queimado e ele usava um suéter desgastado e um chapéu.

- Quem é você? - tentei perguntar, mas a voz não saiu, ele leu a pergunta em meus lábios.

- Eu sou o seu pior pesadelo! - ele respondeu.

Minha única reação foi usar o limite da minha coragem e correr, o mais depressa que pude, pegar um facão na cozinha e me esconder atrás de um balcão.

Ouvi seus passos se aproximando novamente. A canção ficou clara e pude decifrar o que aquelas crinças diziam, algo como: "1, 2, o Freddy vem vindo atrás de você..."

- Quanto mais você se esconde, mais o mal lhe caça, querida... - sussurrou ele, e quando passou pelo balcão onde eu me escondia, corri em sua direção e enfiei o facão em seu peito.

A princípio, ele ficou sem reação, foi pego de surpresa. Me aproximei e disse-lhe ao ouvido:

- Te vejo no inferno!

Ele arrancou o facão do peito, e não parecia estar machucado, sorriu e me respondeu:

- Diga a eles que foi o Freddy que te mandou para lá!

Levantou suas garras e num último instante ouvi um grito ensurdecedor. Percebi que saía da minha própria garganta, rasgando tanto quanto aquelas garras em meu peito. No minuto que se antecedeu à minha morte, acordei em minha cama. Estava coberta de sangue. Estivera sonhando, um pesadelo mortal e agora estava morrendo. Ainda pude ouvir sua voz que dizia:

- O mal nunca morre...Ele encontra um novo lar!

❖❖❖
Apreciadores (7)
Comentários (2)
Postado 12/10/16 12:48

Caramba, esse final foi incrível!!!!!!

Adorei o fato de ela ter sido atacada em um sonho, e então ter acordado ensanguentada e morrendo!!!!

E a última frase então.... perfeita <3

Parabéns pelo texto!!!

Um abraço, Meiling!

Postado 12/10/16 16:15

Muito obrigada pelo comentário positivo, Meiling! Descobri o site ontem e ainda estou me adaptando. Mas li alguns dos seus textos e são ótimos e muito bem escritos! Parabéns!

Um abraço! =D

Postado 16/10/16 09:29

Oiii!

Gostei imenso do texto, ficou muito bom!

Apesar de, pessoalmente, achar que saltamos para acção muito cedo, toda a parte da acção vale a pena! :D Boa sorte no concurso!

Inteh! o/

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