Garçom amigo, olhe meu desespero e traga um copo de cachaça. Sim, um copo de cachaça, daqueles americanos que cabem umas cinco doses de trago. Quero me embriagar e rápido! Garçom amigo, traga-me a garrafa de uma vez e coloque aquela música triste, aquela que fala sobre garçons e cornos. Sim, de cornos. Sou corno. Minha mulher me trocou por outra mulher. De raiva, peguei um homem. Além de corno, sou viado! Garçom amigo, traga mais uma garrafa de cachaça, pois quero me matar. O cara com quem me relacionei é aidético. Então, sou corno, viado e aidético. Garçom amigo, aborte a cachaça e traga-me a sua arma. Vou atirar em mim mesmo e acelerar o processo de morrer. Como eu sei que você tem uma arma? O homem com que me relacionei me contou. Como ele sabia? Ora, ele é o seu amante. Garçom amigo, mate-me. Não quero ter o mesmo fim que você terá. Não quero carregar o peso de, além de ser corno, viado e aidético, ser fura olho. Garçom amigo, desligue esta motosserra. Quero ser morto por um tiro e não cortado por isso. Garçom amigo, afaste-se! Merda! Corno, viado, aidético, fura olho e em pedaços.