Carolina queria muito mamar, mas era tarde e seu marido já tinha ido trabalhar. Revoltada, decidiu aprontar e, para o primeiro homem, foi se insinuar. Colocou um vestido que a dificultava em respirar e um salto alto que a deixava mais alta que o padre no altar. Pelas ruas da cidade, começou a caminhar e, logo, os homens começaram a fixar os olhos nos seu rebolar; era homem comprando terno para casar e era homem devoto de São Baltazar: todos ela conseguiu hipnotizar. Mas um deles tinha um brilho no olhar, o qual fez sua calcinha instantaneamente molhar. Logo que ela se aproximou, começou a se esfregar, no entanto o homem fugiu para a tentação não lhe tomar; casado desde o tempo do Itamar, não queria sua esposa cornear. Mas o libido de Carolina era voraz e com aquele homem ela queria trepar; com movimentos mais velozes que de um jaguar, suas próprias roupas começou a arrancar. A rua inteira parou para acompanhar, o strip-tease gratuito sob luz solar, que Carolina não se importava em proporcionar. Mas o homem casado começou a se incomodar com aquela mulher que não se importava em ser vulgar e, no primeiro ônibus, decidiu entrar.
Lamúria, choro, desespero tomaram a alma de quem estava a presenciar a cena de uma mulher se pelar ser interrompida pela fidelidade de homem singular. Carolina, então, percebeu o quão ridícula a situação tinha acabado de ficar: vários homens querendo lhe penetrar e ela correndo atrás daquele que queria dificultar. Assim, sem pestanejar, distribuiu senhas para todos aqueles dispostos a esperar para ter acesso ao seu corpo e ao seu lar. Os vizinhos viram uma enorme fila de homens se formar, na casa em que Carolina e seu marido decidiram morar. Apavorados, eles não conseguiam acreditar na fome por mamadeira que Carolina não conseguia saciar; já era a terceira vez que presenciavam ela tentar. Mas, dessa vez, os vizinhos decidiram ajuda-la e para o marido de Carolina foram ligar. Assim que chegou, o marido se botou a chorar e, com sua arma contrabandeada, começou a atirar. Uma carnificina com mais mortes do que o histórico de assassinos do Qatar, fez com que a polícia fosse se reforçar, para poder o lugar limpar. Haviam corpos espalhados na sala de estar e até sobre a tábua de passar. No quarto, sobre a cama do casal, havia os corpos de Carolina, com seu coração sem mais pulsar, de seu marido, com um furo da traqueia ao dente molar, e de vários homens, que morreram antes do palhaço descabelar.
Carolina, do além, via a polícia sua bagunça organizar e se sentia arrependida por tanto mal causar, devido a sua natureza vil e tão animal. Assim, para Terra queria voltar e seus erros reparar, e ela viu no Senhor uma chance de sua graça alcançar.