O sonho não veio
Andréia Kmita
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 21/02/17 11:25
Editado: 21/02/17 11:29
Gênero(s): Poema
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min a 2min
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Palavras: 246
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Livre para todos os públicos
Capítulo Único O sonho não veio

Vinhas todos os belos dias

Ficava na cama até tarde

Agora não se importa mais

Deixou esta cavidade fria

Um esquerdo buraco profundo

Dantes habitava aqui tanta alegria

E por fim foi crescendo por fora

Não tinha pressa, tinha sede

Fome de conhecimento são

Mas quando a inocência deixa a flor

Os jardins tornam-se invisíveis

O inverno nunca se dissipa

O espaço vasto continua ali

Num mecanismo fulminante

Talvez só você não o veja

Talvez só você não tenha

Expectativas tão vivas

Tão febris

A solidão tem deixado focado

Trabalhos, amigos, baralhos

Desapareceu no processo

não vem mais

Preciso da trégua do tempo

Voltar às trilhas das matas

Subir penhascos íngremes

Ver o pôr do sol

Sentir a brisa aquecida

Por seus sussurros de amor

Voar de asa delta

Gritar emoções

Tão belas, tão lindas...

Abrem os braços pra mim!

Ainda quero preencher-me

De sonhos

Tão incrivelmente bons

Quando nas noites frias aparece

Tão sublimemente lindo

Quando nos dias me segue

O sonho sumiu

Entendi pois os erros

A selvageria do mundo

Propaga-se aos galopes ligeiros

Demorou muito tempo

Para os olhos enxergarem

O que os donos fazem com os seus

Aniquilação da casca

A nuvem não é mais de branco algodão

Os ventos não estão mais mansos

Há um vermelho sangue espalhado

Não queria ver

Mais vi!

Adeus sonhos...

Não posso lhe sugerir permanência

Nem mesmo crianças os têm

Que farei!?

Aquele buraco profundo

Esquerdo que era mundo

Não veio...

Não vem...

A. K.

Setembro/2015

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