O vestibulando pensou “que nenhum erro eu cometa”
Quando percebeu que esquecera a caneta
Em casa, largada na gaveta
O assassino não escondeu devidamente sua escopeta
Queria a fama mas virou piada na gazeta
Até erraram seu nome na vinheta
A moça demorou a decidir entre branco ou violeta
Saiu às pressas e foi pega pela carreta
Desde então anda de muleta
O músico da orquestra não afinou bem sua clarineta
Depois do vexame foi acabar na sarjeta
Sem dinheiro nem para uma palheta
A areia escorre pela ampulheta
Continua a girar o planeta
Bate asas a borboleta
Dá risada o capeta
Para cada decisão que arrisque
Em sua jornada diária, seu almanaque
É bom que sempre se certifique
Pois tudo pode retrucar com um baque
A vida é sua, e nela você é o cacique
Se quiser pode gastá-la com luxúria e conhaque
Mas peço que escolha bem e parado não fique
Vá viver intensamente, não empaque!
Afinal, você precisou de apenas um clique
Para se perder neste texto de araque
E o tempo passa, tique!
E o tempo passa, taque!