Meu Vácuo
Lucas Cabral
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 26/05/17 17:19
Editado: 27/05/17 15:13
Gênero(s): Crônica Drama Reflexivo
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 51seg a 1min
Apreciadores: 4
Comentários: 2
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Palavras: 137
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Livre para todos os públicos
Capítulo Único Meu Vácuo

Pensamentos vagos e flutuantes pousam sobre minha cabeça

O vento suave e carinhoso sobrevoa minha face

Era um momento a sós com aquelas esqueléticas árvores. Cujas raizes arrebentavam o chão e engoliam as folhas secas e escuras no solo.

Eu aproveitava cada curvatura daquelas extensas raizes para repousar meu corpo. Tudo aquilo me inspirava insanamente. Muita emoção solo, muitas palavras depressivas e contos de amores inacabados. É tanta coisa que pode-se fazer sozinho que as vezes eu fico perdido no meio de tanto vácuo.

Mas tem um momento que você para de flutuar e começa a cair sem se dar conta. E quando tenta alcançar algum ramo ou videira para agarrar, já era tarde. O tempo se foi, deixando somente palavras sem sentido, refrões desconexos e um bocado de sentimentos inacabados que só você entende, mais ninguém

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Apreciadores (4)
Comentários (2)
Postado 28/05/17 19:48

Esse é um daqueles textos simples, porém com uma reflexão absoluta que vai martelar na mente do leitor por um bom tempo. O que seria a existência? Ou reformulando melhor essa pergunta, o que seria nossa existência? O eu? O você? É um turbilhão de respostas que iremos encontrar, mas nenhuma, absolutamente nenhuma, vai ser a correta ou a que irá chegar mais perto.

Às vezes penso que o eu não passa de um amontoado de vácuos consequentes de situações e decepções, vivências e utopias. Que reflete bem o que você citou na última estrofe: deixando somente palavras sem sentido, refrões desconexos e um bocado de sentimentos inacabados que só você entende, mais ninguém.

Ótimo texto, rapaz!

Postado 29/05/17 23:50

Muito obrigado pelo comentário! Você conseguiu captar tudo o que eu quis dizer.

Postado 31/05/17 05:21

Olá

Texto cru, quase inocente. Aproveita o vácuo, afinal, você ainda respira; faz com que a vida, o eu, valha de algo.

Obrigado e obrigado.