Minhas mãos mapeavam cada parte do corpo sob mim enquanto sentia o atrito intenso e o vaivém ritmado em busca de mais prazer. Sentia seu hálito quente em meu pescoço, enquanto ouvia sussurros para ir mais forte. Os gemidos incessáveis apoderavam-se dos meus ouvidos, incentivando-me a penetrar cada vez mais rápido afim de nos satisfazer.
E é nesse ritmo frenético que gozamos juntos.
Mas diferente das últimas vezes não sinto nada. Há o cansaço físico e satisfação característicos do pós-sexo, mas não havia mais aquele sentimento irritante. Acabo sorrindo sem perceber ao constatar que tudo se tornou nada.
Levanto-me em busca das minhas roupas com intuito de sair daquele quarto; o banho deixaria para quando chegasse em casa
– Aonde você vai? É cedo, deite-se comigo.
– Na real? Vai se foder, meu amor. Quanto tempo acha que eu aguentaria ser o seu segredo sujo, o seu brinquedinho particular? Demorou, mas todo o meu amor já se esgotou. Você tinha vergonha de estar ao meu lado, não é? Não precisa mais se preocupar, acabamos o que quer que seja isso.
Peguei minha carteira e andei rumo à saída para nunca mais voltar. E contrariando todas as expectativas, eu finalmente estava em paz.