Me deparo com toda nossa coleção de sorrisos e dias e noites e compilados de minutos incríveis.
E eu amo.
Amo ouvir músicas extraordinárias e românticas e me sentir representada - finalmente.
Eu faço um álbum de pensamentos sobre tudo o que somos e sobre tudo que seremos.
E eu me pego saltitando.
Faço mil anotações sobre nossos planos mais ou menos muito recentes, me pego ansiosa para que o Sol aposte corridas com a Lua só para que nosso primeiro (re) encontro chegue (de novo).
Filmes de amor, flores e breguices agora fazem meu tipo.
Talvez sempre fizeram, mas eu negava, assim como negava meus talentos e negava que merecia amor, pois antes sofrer era mais fácil, antes a escuridão era mais segura, o incerto me tinha como amiga.
Foi uma longa valsa sangrenta...
Você conseguiu lavar minha alma, abrir as janelas dessa casa empoeirada, fazer uma faxina em todos os baús da mente e colocar no corredor principal coisas que eu havia perdido há tanto tempo.
Merecemos a calma de um amor gostoso e tranquilo, merecemos dias bons de serem cumpridos, merecemos sol, merecemos frescor, merecemos olhar cidades ao longe pelo retrovisor, merecemos conquistar o mundo e vencer o medo, merecemos doces e tímidos beijos, merecemos os olhos apaixonados um do outro, merecemos saber que qualquer verbo que usamos para descrever estes sentimentos... Ainda é muito pouco.
Pois...
Tudo é evidente.
Envolvente.
Há luz, há cores e aromas novos.
Há paz, há vida e há desejos incontáveis de esfaquear a própria morte, não a quero mais, aquela maldita antagonista - eu sou mais forte, eu venço tudo, apenas para ter a sorte de te beijar de novo.
Quero estar dentro do seu coração, enquanto existir qualquer universo.