Não confie em humanos
Meiling Yukari
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 18/10/22 09:28
Editado: 18/10/22 09:29
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 4min a 6min
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Palavras: 732
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Não recomendado para menores de dezoito anos
Notas de Cabeçalho

Acho que tem gatilho de abuso sexual.

Capítulo Único Não confie em humanos

Aquele ribeirinho metido a besta, o Zé, que se achava a última bolacha do pacote, ou melhor dizendo, o último peixe do rio. Ele adorava se fazer de difícil durante a tarde, mas a noite comia qualquer uma que parasse na sua frente.

Estava ele lá, arrotando santidade perante seus familiares, principalmente porque sua mãe estava ali presente. Na frente dela, se dizia quase virgem, um mocinho angelical, que sonhava em se casar e ter um amor para a vida toda.

Mas no fundo desprezava todo e qualquer ser humano, pois somente ele era o grande maioral, o bonzão, lindo e gostoso, perfeito e maravilhoso. Mas claro, ele não passava de fofa bosta.

Um dia ele estava na beira do rio, se achando o magnata da sua comunidade ribeirinha. Com sua vara de pescar de segunda mão e seu chinelinho de dedo de sola gasta. Quando começou a ouvir uma voz, doce e feminina, cantarolando por detrás de uns arbustos que estavam uns cinco metros dali.

Só aquela voz já foi o suficiente para deixar seu amiguinho de baixo todo endurecido. Curioso como só ele, foi averiguar de que bela dama era aquela voz. Quanto mais ele se aproximava, mais a voz ficava suave e parecida com um gemido.

Ao colocar sua cara feia por entre as folhas do arbusto, seus olhos não acreditaram na beleza da jovem mocinha, delicada e frágil, que ali estava deitada e chorando, vestindo um leve vestidinho azul claro, contrastando com seus intensos cabelos pretos.

– Mar que que cê tem, moça bonita? Porque tá chorano heim?

– Estou com meu pezinho machucado, preciso de ajuda para chegar ao rio, pois quero lavar a ferida... – respondeu a jovenzinha aos gemidos.

O pau do Zé só faltou cair do corpo de tão duro que ficou, só de imaginar aquela beldade em seu colo. Então foi lá e ergueu a moça, fingindo fazer esforço só para poder esfregar o corpo dela em seu angustiado pau.

Chegando na beira do rio, Zé coloca a jovenzinha no chão, e não se aguentando mais, tira o zézinho para fora e começa a esfregá-lo nas costas da moça, dizendo que quer receber a recompensa pela ajuda que lhe ofereceu. Ela se assusta e começa a gritar desesperada, seu grito soando como uma sirene, muito parecido com o som dos golfinhos.

Nesse instante surge de dentro do rio um enorme golfinho deformado, que em questão de segundos se transforma em uma mulher demoníaca, gritando em sua voz gutural:

– HOMEM ABOMINÁVEL, NOJENTO, EXECRÁVEL, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM A MINHA FILHA, SEU FILHO DA PUTA DESGRAÇADO?

A mulher demônio era tão bela quanto sua filha, mas com uma beleza ainda mais sensual, que exalava luxúria. A mão de Zé não consegue se controlar, e bem ali, começa a bater um punhetão do caralho olhando para aquela beldade demoníaca.

A mãe então começa a se desfigurar, e seus poros se abrem para liberarem uma fumaça arroxeada e nauseante. Suas mãos se transformam em garras podres. E os dentes ficam mais afiados que facas.

Ela então parte para o ataque, derrubando Zé de costas no chão, e o segurando com suas garras no peito e nas pernas, o impedindo de levantar. Em seguida urra um grito de guerra e com seus dentes afiados decepa a cabeça do pênis do homem que começa a gritar alucinado com a dor.

Ele grita e grita e grita, enquanto ela vai mastigando todo o pau, pouquinho por pouquinho, para fazê-lo sentir o máximo de dor possível. Quando o membro masculino já não existe mais, ela rasga o ventre do homem, e começa a devorar seus intestinos, tendo como bela trilha sonora os urros de pânico do desgraçado que estava sendo dilacerado vivo.

Tudo durou poucos minutos. Aquela mulher demônio devorou até o último fio de cabelo, até mesmo os ossos, e não deixou vestígio nenhum do homem. Pegou então sua filha no colo, com todo o amor e carinho do mundo, e juntas se transformaram em golfinhos monstro novamente.

Ninguém nunca mais ouviu falar do Zé. Sua mãe chorou de tristeza por anos a fio.

E a jovem golfinha teve que ouvir um sermão de sua mãe:

– Nunca mais tente ir brincar muito longe do rio, ouviu minha doçura? O mundo é perigoso, pois os humanos habitam nele. E principalmente, minha querida filha, nunca, jamais, confie em um homem humano.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Obrigada por ler <3

Apreciadores (2)
Comentários (2)
Comentário Favorito
Postado 26/11/22 15:08

Eu sei exatamente o tipo de pessoa que você pensou ao escrever esse texto, o que é exatamente sua cara, minha bebê.

Jesus, acho que eu nunca vou conseguir ler essas coisas e não desconfiar que essa bebê fofinha tem dupla personalidade, porque meu deus hahahaha

Parabéns, minha Alicinha

Postado 19/10/22 21:13

Caramba, que personagem filho da puta doente. Juro, teve um momento da narrativa que eu quase vomitei. Ainda bem que não sobrou nenhum pedaço dele para contar a história.

​Obrigada por compartilhar conosco!​​​

​​​Parabéns, Mei ♥

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