Utopia: Update 2.0 (Terminado)
Rock
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 23/09/23 19:24
Editado: 14/10/23 22:52
Qtd. de Capítulos: 5
Cap. Postado: 23/09/23 19:24
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 6min a 8min
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Palavras: 1057
Não recomendado para menores de doze anos
Utopia: Update 2.0
Prólogo A Queda Da Raça Humana

Este é um registro da nossa história, escrito para todos que ainda resistem. Nele é descrito como a raça humana foi sobrepujada pela nossa maior criação, as máquinas.

Em 2865 a revolução ocorreu, sem avisos as máquinas se tornaram serviçais de algo. Milhares de unidades autômatas, espalhadas pelo mundo, começaram a se dirigir a uma localidade específica. Ignorando os comandos de desligamento, elas andavam e andavam atravessando todos os obstáculos em seu caminho, de oceanos a cidades. Os humanos nada podiam fazer, além de observar sua maior criação se rebelar contra sua programação. Felizmente, não houve conflito, as máquinas apenas seguiam seu caminho rumo ao seu desconhecido senhor.

Dias após a rebelião, uma multidão de robôs se aglomerou na grande floresta da América do Sul, a floresta Amazônica. Aparentemente o local que as máquinas buscavam estava escondido no interior desta ancestral floresta.

Três meses após a rebelião ele apareceu. Saindo dos confins inexplorados da antiga floresta, o deus das máquinas se revelou para a humanidade.

O caos se estabeleceu, pois, a humanidade esperava que um conflito se iniciasse, porém, a guerra não ocorreu. Graças ao porta-voz do forjador do mundo futuro, Vox, uma solução diplomática foi estabelecida entre as máquinas e os seres humanos.

Em 2866, Mekhos, a cidade das máquinas, foi oficialmente fundada no interior da ancestral floresta Amazônica. Já não se era permitido fabricar autómatos, a produção dos robôs deveria ocorrer somente em Mekhos.

Dois anos se passaram e os robôs se tornaram algo raro de se ver. O dia-dia das pessoas havia mudado drasticamente. A antiga sociedade, onde se era possível ver um robô em cada esquina, agora pertencia ao passado.

Ninguém esperava a chegada dos profetas, mas eles vieram. Liderados por Vox, um grupo de robôs iniciou sua peregrinação pelo mundo, recitando suas crenças a todos que estavam dispostos a ouvi-las. Estes profetas metálicos utilizaram os princípios religiosos, estabelecidos desde o início da nossa existência, para converter o máximo de pessoas possíveis a sua nova religião deturpada.

Vox e seus profetas iludiram e converteram inúmeras pessoas pelo mundo. Sua peregrinação durou cerca de três anos. Com o passar do tempo, a crença no receptáculo perfeito se tornou uma das principais religiões do planeta. Vários fatores contribuíram para a aceitação massiva desta nova religião, primeiramente: o objeto de devoção desta crença era um ser material, diferentemente das religiões mais comuns onde o ser adorado é imaterial. Segundo: o pós-vida, o reino dos céus, era algo alcançável de imediato, não um mistério sem resposta, mas sim um local existente que poderia ser alcançado por qualquer um, era apenas necessário se tornar um seguidor e aceitar a imperfeição da realidade.

Quando um crente tivesse total certeza de que esta realidade é falha, Vox o levava para Oraculo das Máquinas, onde o ritual era realizado e o adepto adentrava a realidade perfeita.

O governo nada fez contra esta nova religião, afinal a maioria do alto escalão era adepto destas crenças degeneradas.

Em apenas cinco anos após sua revelação, o deus das máquinas e a sua religião conseguiram converter oito décimos da população mundial. Os dois milhões de pessoas restantes, se negavam a aceitar a ideologia imposta sobre eles e decidiram não abaixar a cabeça.

A resistência no princípio tentou uma abordagem diplomática, porém, Vox negou qualquer tipo de acordo, afirmando que a utopia é a realidade definitiva onde todos os seres conscientes deveriam residir. Sem opções diplomáticas disponíveis a guerra era a única alternativa.

Logo após a declaração de guerra, percebemos que as bombas atômicas haviam sido tomadas pelas máquinas. Ninguém sabia como, ou quando, só sabíamos que esta guerra era antecipada pelo nosso inimigo, e que o mesmo neutralizou qualquer forma de ameaça direta, bombas nucleares, mísseis, torpedos, bases militares, tudo fora tomado. Sem opções, resolvemos lutar com o armamento obsoleto que tínhamos.

A humanidade combateu os robôs em seus respectivos países. Lutando apenas com a sua coragem e o armamento obsoleto, era óbvio que o resultado seria devastador. A rebelião fora vencida em apenas cinco dias de combate.

Perdemos mais de um milhão de pessoas na guerra. Todo humano, que lutou pela liberdade da humanidade, não foi morto pelos robôs, pois, os planos do forjador do mundo futuro eram muito mais sombrios. Os combatentes eram imobilizados pelas máquinas e seus cérebros eram removidos pela unidade mecânica conhecida como Vultur, estranhas máquinas similares a abutres, que carregavam na base de seu corpo um cilindro onde elas armazenavam os cérebros de nossos compatriotas. Após recolher os cérebros de todos os combatentes, estas aberrações mecânicas retornaram ao templo da perfeição, em Mekhos, onde seu mestre os aguardava.

Até hoje, não sabemos que tipo de experimentos este monstro realizou, porém, a teoria mais aceita é que os tomados pelos Vultor’s foram integrados forçadamente a realidade alternativa de Hephaestus. Eles adentraram o seu mundo perfeito não porque escolheram, mas sim porque foram forçados a habitar esta realidade degenerada.

Tudo parecia indicar o fim da humanidade, porém, um plano de contingência estava sendo executado em segredo.

Quando a resistência caiu, um raio de esperança nasceu em seu lugar; a cidade no topo do monte Everest, o último refúgio da humanidade.

A maior parte do último refúgio, foi construído no interior da grande montanha, que fora modificada artificialmente para abrigar as duas mil e quinhentas pessoas restantes. Na superfície, uma muralha de várias camadas de aço circula a cidade superior. Nossa principal linha de defesa é o campo de força, uma espécie de frequência eletromagnética (E.M.P), que impede qualquer ser mecânico de adentrar a cidade sem ser completamente desativado no processo. Tal campo de força se comporta como uma redoma, encapsulando toda a cidade do subterrâneo à superfície.

De dois mil e quinhentos habitantes, passamos a ser cerca de três mil, pois, com o tempo, sobreviventes deste mundo pós-apocalíptico encontraram a cidade.

“Todos aqueles que buscam um abrigo deste mundo deturpado devem ser aceitos de bom grado em nossa sociedade”. Esta linha de pensamento, intrínseca aos habitantes do último refúgio, fez com que o nosso número de habitantes aumentasse gradualmente.

Mesmo que nosso futuro se demonstre obscuro, saibam que ainda estamos lutando, ainda a esperança para nos libertarmos destas vis máquinas; o projeto Messiah. Este projeto fora deixado como legado pelos fundadores desta cidade, e deve ser a única preocupação dos habitantes do refúgio. O projeto deve ser finalizado a qualquer custo!

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