Tudo começou na sessão de cinema
Com um filme sobre um tema
Que muitos consideram doentio
Só que mexeu demais comigo
E embora você tenha disfarçado
Notei em seu olhar o brilho depravado...
Voltamos para casa, um tanto animados
E logo o assunto-tabu é abordado.
Conversamos sobre a questão
E num estalo me vem o tesão
Nossa, só de seu corpo observar
Fico com vontade de lhe castigar!
"Hoje a gente podia fazer diferente...
O que você me diz de um BDSM?"
Sua risada um tanto debochada
Soa como desafio à louca empreitada.
Em um instante de puro desatino
Te beijo, te agarro, te domino
Apesar do susto inicial
Você sente uma excitação desigual
Quando dou vazão ao impulso
E mantenho unidos os seus pulsos
Te prensando ao cairmos no sofá
Provando do melhor beijo que há
Seus lábios carnudos e grandes mordo
Você se arrepia, retribui de acordo
Nossos sexos se roçam, dada a postura.
"Nossa, gato... Tu me deixa maluca!"
A volúpia nos toma de assalto;
Minha pegada acaba falando mais alto:
Meu cinto de repente vira grilhão
E logo em seguida te ergo do chão
E para seu sincero assombro
Não te ponho nos braços e sim nos ombros!
Você ainda meio que tenta resistir
E de imediato começa a se sacudir
Então sou obrigado a te punir
Enquanto as escadas começo a subir:
Um par de tapas bem caprichados
Deixam na sua bunda um ardido recado.
"Ai, amor... Mas que porra...?!"
"Calada, Serva! Silêncio na masmorra!"
"Pára... Você está me assustando!"
Repito a dose para mostrar quem está mandando.
Da sua boca surge um gemido choroso
Que faz meu pau endurecer mais um pouco.
"Caralho, como uma voz me deixa desse jeito?!
Sotaque, timbre... Que mix mais perfeito!"
Você murmura que a bunda tá doendo
"Tesão de voz... Imagina gemendo..."
Chegando no quarto, te jogo no colchão;
Você não acredita na sua própria excitação,
Mas sabe muito bem o que te alucina:
O ardor da pele ressoou na vagina.
Acaba me encarando quieta na cama
Tão submissa... Eu acho bem bacana.
Fico por cima, para melhor dominar
Mas sua reação é apenas arfar.
Seu corpo delgado até treme
Com o atrito entre sua pele e meus dentes
Seus olhos castanhos parecem brilhar
Quando sua camiseta começo a rasgar.
O som do tecido sendo repartido
Só faz aumentar a nossa libido
Te viro de bruços: o instinto me norteia.
Prendo meu cinto bem firme na cabeceira
O retalho vira uma grande mordaça
E que boas algemas fiz da sua calça!
Pernas abertas e bem presas
Na beira do móvel sem gentileza.
Caminho para a lateral da cama
Fitando o banquete sexual que me chama
Observo atentamente o seu corpo;
Imobilidade deixa interessante o jogo.
Calcinha e sutiã em belíssimos tons azuis
Emoldurando um corpo que simplesmente seduz
Sou encarado de volta, te permito admirar
O seu Mestre sedento em te abusar.
Eu quase posso ler a sua mente:
"Tô perdida na mão desse doente!"
Chega de moleza, vamos recomeçar
Esta gostosa brincadeira de te subjugar.
Essa lingerie te deixa tão atraente
Que acabo removendo-a com os dentes.
Minha truculência, que nos era desconhecida
Deixou sua calcinha mais que umedecida.
Inspirado, uso ela como uma chibata
A pele alva até arde a cada lapada
Depois do tratamento tão dedicado
Meu olhar se volta ao seu sexo ensopado
Nirvana liso, cheiroso, delicado
Recebe meus dedos bem fundo e rápido
Minha língua de sua buceta abusa
E logo minha boca se lambuza
Claro, te castigo o clitóris também
Seus olhos reviram nesse insano vai e vem
E mesmo nesta hora eu te torturo
O que deixa o membro cada vez mais duro:
Seu corpo todo se incendeia
Quando sua bunda teu macho estapeia.
Me livro da roupa bem devagar
Deixando a espera lhe alucinar.
O membro ereto parece pulsar
Quando decido por fim lhe penetrar
Enfio tudo de uma vez só
Seu grito abafado hoje não me dá dó.
Puxo sua grande cabeleira escura
Imerso num prazer que beira à loucura.
Mordo seu pescoço: você arqueia
A dor te compraz enquanto o corpo esperneia
A mão livre logo lhe retorce um dos mamilos
Uma lágrima escorre, de tão bom o ocorrido.
As estocadas prosseguem com muita intensidade
Enquanto te acaricio com toda a maldade
Arranco o pano que está na sua boca
Só que você resolve gritar feito uma louca
Quando do nada tenho a ideia genial
De concluir a trepada com coito anal
Não que fosse sua iniciação
Só que assim, do nada?! Não, NÃO!
Você berra alucinada, xinga pra valer
Esquece quem é o Mestre, que tem que obedecer!
Chorando em protesto, tenta me comover.
"Silêncio! Sua dor é o nosso prazer!
"Você me pertence, faz o que eu mandar!"
Sua fala desaparece em um lindo soluçar
Para exigir e garantir o respeito
Belisco e puxo-lhe os bicos dos seios
A dor te faz gritar, seu ânus se contrai
Compressão no caralho é foda demais!
Tapo sua boca e enfio um pouco mais
Você não aceita que seja tão gostoso por trás
Mas aos poucos, a rola vai se aprofundando
E o teor dos seus gemidos logo vai mudando
Outro puxão, outras mordidas, outra torção
E olha só quem está chupando os dedos da minha mão!
Recomeço a meter, você ainda chora
Mas é de contentamento, pois até rebola
Nossos corpos suam, respiração intensa
O tesão fala mais alto, a gente não se aguenta
Meu pau lateja, anunciando o gozo
Seu corpo treme de um jeito insidioso
Você grita meu apelido e eu o seu
Orgasmo simultâneo, um milagre aconteceu!
Sobre seu corpo marcado desfaleço
E com meu sêmen por dentro te aqueço
A gente fica calado, ambos doloridos,
Super satisfeitos e ainda mais unidos.
Depois de um tempo após o ocorrido,
Falo com autoridade ao pé do seu ouvido:
"O que falta dizer, Escrava?"
"Obrigada, Mestre... Obrigada...!"
"Obrigada pelo quê? Sem choro!"
"Por me fazer gozar... Me domina de novo...!"