O feromônio está no ar
Francisco L Serafini
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 17/11/16 21:06
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 2min a 3min
Apreciadores: 4
Comentários: 3
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Palavras: 470
Não recomendado para menores de dezoito anos
Capítulo Único O feromônio está no ar

Carolina queria muito mamar, mas era tarde e seu marido já tinha ido trabalhar. Revoltada, decidiu aprontar e, para o primeiro homem, foi se insinuar. Colocou um vestido que a dificultava em respirar e um salto alto que a deixava mais alta que o padre no altar. Pelas ruas da cidade, começou a caminhar e, logo, os homens começaram a fixar os olhos nos seu rebolar; era homem comprando terno para casar e era homem devoto de São Baltazar: todos ela conseguiu hipnotizar. Mas um deles tinha um brilho no olhar, o qual fez sua calcinha instantaneamente molhar. Logo que ela se aproximou, começou a se esfregar, no entanto o homem fugiu para a tentação não lhe tomar; casado desde o tempo do Itamar, não queria sua esposa cornear. Mas o libido de Carolina era voraz e com aquele homem ela queria trepar; com movimentos mais velozes que de um jaguar, suas próprias roupas começou a arrancar. A rua inteira parou para acompanhar, o strip-tease gratuito sob luz solar, que Carolina não se importava em proporcionar. Mas o homem casado começou a se incomodar com aquela mulher que não se importava em ser vulgar e, no primeiro ônibus, decidiu entrar.

Lamúria, choro, desespero tomaram a alma de quem estava a presenciar a cena de uma mulher se pelar ser interrompida pela fidelidade de homem singular. Carolina, então, percebeu o quão ridícula a situação tinha acabado de ficar: vários homens querendo lhe penetrar e ela correndo atrás daquele que queria dificultar. Assim, sem pestanejar, distribuiu senhas para todos aqueles dispostos a esperar para ter acesso ao seu corpo e ao seu lar. Os vizinhos viram uma enorme fila de homens se formar, na casa em que Carolina e seu marido decidiram morar. Apavorados, eles não conseguiam acreditar na fome por mamadeira que Carolina não conseguia saciar; já era a terceira vez que presenciavam ela tentar. Mas, dessa vez, os vizinhos decidiram ajuda-la e para o marido de Carolina foram ligar. Assim que chegou, o marido se botou a chorar e, com sua arma contrabandeada, começou a atirar. Uma carnificina com mais mortes do que o histórico de assassinos do Qatar, fez com que a polícia fosse se reforçar, para poder o lugar limpar. Haviam corpos espalhados na sala de estar e até sobre a tábua de passar. No quarto, sobre a cama do casal, havia os corpos de Carolina, com seu coração sem mais pulsar, de seu marido, com um furo da traqueia ao dente molar, e de vários homens, que morreram antes do palhaço descabelar.

Carolina, do além, via a polícia sua bagunça organizar e se sentia arrependida por tanto mal causar, devido a sua natureza vil e tão animal. Assim, para Terra queria voltar e seus erros reparar, e ela viu no Senhor uma chance de sua graça alcançar.

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Apreciadores (4)
Comentários (3)
Comentário Favorito
Postado 17/11/16 23:17

CARALHOOO... que texto é esse que eu acabei de ler? Eu me perderia todinha por essa Carolina hahahaha. MUITO BOM!!! Que talento para a escrita, meus parabéns.

Postado 17/11/16 23:37

Heheheeh, eita, que bom que gostaste! =D Muito me alegra um comentário assim. Muito, mas muito obrigado =D

E a Carolina tem fogo! Hehehe. Acho que estaria mais feliz no inferno, hehehe :p

Postado 21/11/16 11:08

Sério, que criatividade! UHDEHDEHDHEHED. Olha essas rimas, essas frases minuciosamente construídas! HAHAHA.

Excelente conto, Chico. Me divertiu bastante também xP. Tava com saudade de ler uma comédia "suja" por aqui heheeh.

Postado 21/11/16 15:34

Hehehehe :p

Comédias sujas, as melhores que têm! Hehehe.

Ah... Muito obrigado, Joy! =D Muito me alegra esse teu comentário, em saber que tu gostaste =D.

Postado 29/01/17 23:24

Gente, mas que isso hahahahahaahaahah

Que loucura total uahuauahahua

Postado 30/01/17 08:30

Hahahahaha, é a marcha da insanidade.

Obrigado pelo comentário, Julih!