A sociedade mata
Por “lasanhas”
E lá vou eu
Acordar as três
A quarta sumiu
Alguma mudança temporal
Causada pelo Imortal
Maldito!
Acordei pronto para
Mais verdades sobre a sociedade
E sobre as ações delas
Em minhas vidas
E na vida de milhares de pessoas
Elas estavam dormindo
Raio de sol
Condessa
E café
Amarradas
E acorrentadas
Em pé
Ligadas a um interruptor
Que dava choque
E em cima
De um piso falso
Com água congelante
Cheia de gelo
Puxei a alavanca
Que mostrasse a água
E apertei o botão
Para que elas afundassem
E ficassem afogadas
Por um tempo
Elas subiam
E desciam
Sem tempo para respirar
Até que fiz o piso voltar
E as soltei
Elas tremiam de frio
E se abraçaram
Algo tocante
“Hoje em mais uma reflexão
Sobre as ações de crueldade
E as consequências
No homem bom
Vocês vão ver
Como eu vivi
Antes de ser quem eu sou hoje
E....
“Você é ridículo
Um monstro que se justi...Ahh”
“Café
Não me interrompa”
Eu eletrocutei as três
Voltagem de leve
Para elas não morrerem
“E agora café
Acabou de se voluntariar
Para representar eu
O antigo viajante do tempo”
Mandei Raio de Sol
E Condessa
Virem até mim
Como animais
Andando de quatro
E falei para elas
“Vocês duas
Irão bater nela
Não importa como
Não quero saber
Apenas espanquem ela
Não a matem
Façam sofrer
E vocês terão comida
Lasanha
E refrigerante
E um dia sem tortura”
Elas temeram
Mas aceitaram
E lá foram as duas
Café tentando se aquecer
E elas começaram
A bater nela
Tapas
Socos
Chutes
Arranhões
Café gritava e chorava
Fizeram isso
Até eu mandar parar
Ou seja
Uma hora e meia
“Parem
Quem diria
Vocês duas
Mostrando a selvageria
Que eu conheci”
Café estava roxa
Cheia de sangue
Para uma garota branca como ela
Era horrível
“Agora vamos à reflexão
Café aqui representa
O bom e doce viajante do tempo
Que eu fui
E vocês duas
Fizeram exatamente
Isso comigo
E várias outras fizeram
E fizeram isso
Com minha alma
E meu coração
E por quê?
Pela “lasanha do momento”
Pessoas passam por cima umas das outras
Pelo que é conveniente
Elas massacram a alma
E depois disso
Seguem como se nada tivesse acontecido
E o que acontece
Com a boa alma quebrada?
Ela faz a mesma coisa
Porque é “normal”
Essas coisas “normais”
Não são certo
E não deveriam ser normais
Mas ninguém quebra a corrente
E se aparece alguém
Como eu disposto a fazer diferente
É ai que todos faziam mais”
“Você Condessa
Que mentiu para mim
E me usava
Porque foi feito o mesmo”
“E você
Raio de sol
Serva de Deus
Fez isso comigo
Me usou
Até a “lasanha” aparecer
E você achar que ele era melhor
Do que eu”
“E você
Café
Que me abandonou
Sem motivo algum
Coisas normais
Que não deveriam
Ser normais
As pessoas não se preocupam
Com a alma
Com o coração
Não de verdade
É bonito
Falar
Postar sobre isso
Mas se não te causa dor
Não muda nada para vocês
E sei que vocês não se arrependeram
Pois uma de vocês
Fez a mesma coisa duas vezes
Andei até Raio de Sol
E dei um chute na barriga dela
“Seja luz
Não é o que você dizia?”
“Como é ser luz aqui?
Você não é
Porque você acaba de surrar
Uma garota
Que passa pelo mesmo que você
Por uma maldita lasanha
Olhem para si mesmas
Vocês causaram isso
Essa é a verdadeira face de vocês
A natureza humana
Mas ela não é vista desse jeito
Porque ninguém vê os danos da alma”
“Agora vocês duas
Lutem pela lasanha”
Elas sentiram a fome
E avançaram uma na outra
Condessa venceu
Eu parabenizei ela
Peguei a lasanha
E o refrigerante
E joguei a lasanha no chão
E o refrigerante por cima
“Eu disse que iria comer
Não disse como”
Ela comeu como um bicho
“Eu dopei as três
E tratei os ferimentos
Afinal
Elas precisariam
Para ver a festa das verdadeiras faces
Ou como todos chamam
Halloween
Assim somos nós
Com situações
Normais de grosseria
Maltrato emocional
Fazendo escravos
E nos tornando escravos
A sociedade mata
E DESCONTRÓI pessoas boas
Pois somos descartáveis
Somos meros objetos de prazer
E sexualismo
E ninguém quer um objeto sentimental
Objetos não tem alma
Somos então monstros
E selvagens
Uma vez vítimas
E depois daí
Somos os assassinos
Culpados
De nos tornarmos idênticos
A quem nos feriu
E eu só aguentei
Até onde a sociedade permitiu”
Lobo Negro Jonhy