Dúvida Infantil
Maria Clara Bruno
Tipo: Lírico
Postado: 25/08/21 18:08
Editado: 26/08/21 10:39
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min a 2min
Apreciadores: 4
Comentários: 3
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Usuários que Visualizaram: 8
Palavras: 263
Este texto foi escrito para o concurso "Concurso Transformações" Sobre as diversas transformações e passagens da vida humana: infância, adolescência, vida adulta e velhice. Ver mais sobre o concurso!
Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

Olá a todoos! Bem vindos! Espero que gostem do poema

eu usualmente não escrevo poemas, mas não pude exprimir nada por um conto com esse tema, tão bonito e reflexivo, para mim. Meus amigos as vezes me dizem que pareço uma idosa (tenho 18 aninhos kkkk) mas eu rio e aceno, porque sei que as vezes essa característica me dá inspiração.

A vida tem me mostrado tanto como ela age, como é fugaz. Obrigada à organizadora do concurso, eu me senti inspirada e necessitada de escrever sobre esse tema, que tenho visto todo dia.

Até o fim do texto!

Capítulo Único Dúvida Infantil

Quantos anos até eu entender

O profundo do meu ser

O amor de meu amor

O abrigo de meu calor?

Como esperar o melhor, na melhor idade

Como crescer, viver com saciedade

Quando posso ver ao meu redor

O mundo a girar, parecendo tão só?

Como um simples objeto

Para muitos, um dejeto

Pode valer tanto na memória de quem guardou?

Anos e anos a fio, o coração conservou.

Como posso viver assim

Com tantos dentro de mim?

Como não expandir meu coração, viver e recriar

A esperança da infância

Na sabedoria da velhice?

Como desdobrar-me sem sonhar

Se todo dia nesse mundo me faço acordar

Pra encontrar o Amor infinito

Que tudo guia, tudo pode

Não me deixa abandonar em minha própria sorte?

Como soltar, nesse adulto ser

A alegre criança a viver

A sorrir, em meu coração

Segurando em minha mão?

Como ser adulto sem ser velho

Como ser velho sem ser carrancudo

Como ser criança com experiência

Como ser, enfim, maduro?

Nem mesmo meus livros me trazem a resposta

Que todo dia o dia me mostra

A vida sopra, aguenta

Aquece e alimenta

A esperança do crescer, do sonhar

O contato com o ar

E as mãos a trabalhar.

Meu caro adulto, se eu sou você

Se ainda não sou metade de ti

Guarda em mim a minha criança

Suave esperança

Guarda em mim o meu velho eu

Amor que não se perdeu

Sê mais que o que já foi

E espere mais do que virá

Porque a vida é o que é

Passagem para a frente

Sem marcha ré.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Espero que tenham apreciado tanto quanto eu apreciei escrever. Por favor comentem suas opiniões, quem quiser e se sentir à vontade! Suas críticas e pensamentos me ajudam muito e me inspiram, me fazem seguir em frente!

Espero ver vocês nos seus textos ou em outros comentários e conversas!

Um abraço, leitor

Fique com Deus

Apreciadores (4)
Comentários (3)
Postado 08/09/21 17:45

Olá, Srta. Maria Clara!

Gostaria de agradecer imensamente a sua participação no Concurso Transformações!

Os resultados acabaram de sair, e na página do concurso você poderá encontrar um quadro com a avaliação feita da sua obra, além de um comentário especial <3

Um grande abraço!

Postado 08/09/21 23:23

Obrigada Srta. Meiling! Obrigada pela criação do concurso com um tema tão bonito e delicado, agradeço demais pela sua avaliação, pela leitura e o carinho.

Um abraço, fique com Deus!

Postado 08/09/21 19:31

Maria... Que doce poema! Uma doçura que trás ao mesmo tempo medos, incertezas, inseguranças e sentimentos de insuficiência, tudo tão bem bordado, entrelaçado, com um linguajar tão serene e culto, belo demais!

Mas sabe, tenho para mim que muitas dessas ânsias nos foram colocadas por pessoas que se tornaram adultas antes de nós, por medo ou por inveja, foram nos desanimando com esta ideia de que a maturidade é inalcansável e que nunca teremos respostas.

Parte disto, é verdade, nunca teremos TODAS as respostas, mas, uma das respostas que posso dar ao eu-lírico é que sabemos que estamos maduros quando fazer o bem e cuidar de nós mesmos não demandar tanta luta interna.

A única função do ser humano, LITERALMENTE é sobreviver vinte e quatro horas. Tudo que conseguirmos conquistar neste meio tempo, é mais que extraordinário!

Seu poema trouxe a tona tantas culpas que eu carregava quando criança e quantas culpas carrego como adulta por ter sido a criança que fui... Ser maduro, é saber que a criança estava certa, pois afinal, tudo era a primeira vez, tudo bem errar de primeira... E tudo bem errar mais tantas vezes, somos humanos, o que importa é sempre fazer o possível para ficar bem!

Belíssima reflexão e belíssima obra, muito, muito obrigada por postá-la!

Postado 08/09/21 23:22

Eu quem devo te agradecer, pelo comentário tão doce e por me permitir saber o que sentiu ao ler!

Tenho visto muito isso nesses últimos vezes, tudo vai, tudo passa, e me vejo criança as vezes me perguntando o porquê de tanta coisa, tanto sofrimento. As ânsias que tomamos pra nós realmente doem...mas o escrever floreia pra fora da alma o que dói, não?

Obrigada pelo comentário e pela leitura!

Postado 15/02/22 22:06

Relendo agora seu poema, me vem a tona várias reflexões que tenho tido na faculdade ultimamente. Sobre subjetividade, didática, sobre o peso dos nossos conhecimentos cotidianos, além da ciência. Saiba que esse poema é meu xodózinho dos que você já me mostrou~. Ele tem rimas em momentos muito pertinentes, e gosto da forma como isso causa sentimento. Me foi nostálgico, e fico feliz de me identificar com alguns versos.~

~K.D.War

Postado 19/02/22 12:21

Ahh, muito obrigada. Seu comentário me pegou de surpresa, e isso me fez ainda mais feliz.

Fico contente de ter te passado essas sensações enquanto lia. Acho que é para isso que escrevemos poemas.

Um abraço!

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