Senhora,
Este mundo ao acaso,
Sem caso e por descaso,
É inconsistente,
O futuro é volátil,
Efêmero, passageiro,
Instável.
Moça, não te abandonas
Abandonando aos outros,
Aos teus amados,
O que pode ser perdoado, não perca por birra,
Que enquanto duas pessoas rimam, vão bem.
Dá a deus o aval
Para que a partir da onisciência,
Do acaso temporal
E densentendimentos da nossa inconsciência,
Possamos, apesar, da nossa mente falha,
Enxergar o melhor de cada um de nós.
É um ato inesesperado,
O de arriscar-se, pôr-se em perigo,
Por aqueles que temos amor,
Brigados, odiando-nos ou não,
Mas jamais abandona aos teus em vão,
Pois o ardor da perda,
É tanto quanto o desespero
De ter tido a chance de reparar
O que agora é finado.
Permanece ao lado,
E amas, como se não pudesse ter amado.